quarta-feira, 22 de abril de 2009

SAI UM PT E ENTRA OUTRO NO GOVERNO SARNEY?

Do blog Ecos das lutas
(http://ecosdaslutas.blogspot.com)

"Cassado o mandato de governador de Jackson Lago (PDT), deixa o governo o PT aliado da Frente de Libertação.

Empossada, via golpe judiciário, assume Roseana Sarney o Executivo Estadual. Com ela, entra o outro PT, o da política "Lula + Sarney"...

Pela porta da frente saem Joãozinho Ribeiro e Natan Máximo (Cultura), Terezinha Fernandes e Franklin Douglas (Trabalho e Economia Solidária), Ricardo Ferro, Lamartine Serra e Marcio Jardim (Minas e Energia), Silvio Bembem (Igualdade Racial), Joisiane Gamba (Direitos Humanos), Bira do Pindaré (Assessoria Especial do Governador). Deixam também seus cargos Jomar Fernandes, Augusto Lobato, Vicente Mesquita, Socorro Guterres, Hildonjackson Dias, Benedita Freire, dentre outros. Todos entraram no governo sob aprovação da instância estadual do partido.

Pelos fundos, entram José Antonio Heluy (Trabalho e Economia Solidária), os aliados do PT de Helena Heluy (deputada estadual), Washington Luiz e Fernando Magalhães. Chegam ao governo sem respaldo partidário... todos compõem a tendência "Construindo um Novo Maranhão", que os reúne na disputa interna do PT e os aliam nacionalmente à tendência de Ricardo Berzoini, José Dirceu, Delúbio Soares e outros. Washington Luiz ganha do governo da oligarquia um mandato de deputado federal, com a ida do deputado federal Waldir Maranhão (PP) para a pasta de Ciência e Tecnologia ..."

Comentário do Blog

A despeito de quem julga ou não a oligarquia chefiado pelo senador José Sarney (PMDB -AP/MA) um importante aliado do governo federal e do PT local, uma parcela do partido assumir a nova administração de Roseana Sarney, resultante da cassação da anterior do governador Jackson Lago (PDT-MA), da qual o PT participava formalmente, sem sequer o partido coletivamente debater e deliberar sobre o assunto é, no mínimo, falta de solidariedade com um aliado que também participa da base de sustentação do governo federal, e, no máximo, puro oportunismo.

Para não ficar nos extremos assinalados no parágrafo anterior, tal episódio pode ser retratado como um perigoso indício de degeneração partidária, onde interesses individuais ou de grupos no interior do partido, se colocam acima dos interesse coletivos e de valores como solidariedade e companheirismo, que alicerçaram a construção do PT.

Mas isso não é novo, em Minas, numa disputa de segundo turno ao governo do estado, em 1998, entre o ex-presidente da República, Itamar Franco e o senador tucano Eduardo Azeredo , o PT, derrotado no primeiro, deliberou por ficar neutro. Mas, de fato, lideranças petistas locais, ao arrepio da posição oficial do partido, fizeram abertamente campanha para um ou para outro candidato.

Ao final da disputa, com a vitória de Itamar Franco, as duas posições partidárias se digladiaram para o ocupar espaço na administração do candidato vitorioso.

EM TEMPO: Este blog acabou de apurar que a executiva estadual do PT(MA) reuniu e tomou deliberações importantes contra a ida de petistas ao governo Roseana e pela assinatura do partido no pedido de cassação do diploma de governadora da mesma.

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