segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

UM POUCO DA HISTÓRIA DOS BAIRROS DO RIO

Este blog conclui as postagens sobre um resumo, por ordem alfabética, da história dos 159 bairros existentes na cidade do Rio de Janeiro, segundo levantamento realizado pelo Instituto Pereira Passos, vinculado a Secretaria Municipal de Urbanismo da Prefeitura do Rio - com a ajuda decisiva da amiga Denise Moura, que nos indicou a fonte para tais informações.

Esta publicação fora iniciada em 9 de março de 2009, com o resumo das histórias dos bairros da Abolição e Acari. Após uma longa interrupção, retomamos a publicação e abordamos os bairros Vila Valqueire, Vista Alegre e Zumbi (na Ilha do Governador)

Esta é a última postagem, o (a) leitor (a) que não teve a oportunidade de conhecer as postagens anteriores, após esta, tornaremos a publicar o resumo das histórias dos 159 bairros do Rio de janeiro desde o início, todas as segundas-feiras.

Boa leitura!


Vila Valqueire

No passado, era ocupado pelo Engenho Valqueire, desmembrado das terras do antigo Engenho de Fora, onde existia grande quantidade da árvore “pau ferro”. A origem do nome “Valqueire” deve-se ao proprietário dessas terras, nos meados do século XVIII, Antonio Fernandes Valqueire. A sede do Engenho ainda existe em ruínas, e sua mais antiga construção é a Igreja São Roque, próximo à estrada do Macaco (atual rua Quiririm).

O Engenho do Valqueire teve como ocupante, Francisco Teles, avô de Geremário Dantas (nascido no local) e os herdeiros de Francisco em 1927, lotearam abrindo arruamento, por intermédio da Companhia Predial, dando o nome de Vila Valqueire ao novo bairro.

O engenheiro Alencar Lima, autor do projeto, abriu ruas bem largas com nome de flores, rua das Rosas, das Margaridas, das Verbenas, etc, cruzado pela rua Luis Beltrão, com a acolhedora Praça Saiqui, tornando o Valqueire um aprazível e valorizado bairro.

Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985.

Vista Alegre

Projeto imobiliário com o nome “Jardim Vista Alegre” que, em 1954, criou arruamento e loteamento em grande terreno entre a Estrada da Água Grande, a Avenida Brás de Pina e a faixa da Light, na região de Irajá, onde foram construídas 400 casas. Em sua periferia existiam chácaras com hortas, verduras, fazendolas e um grande pântano, repleto de rãs, onde foi construído o chamado “Bairrinho”.

Vista Alegre, um dos menores bairros da cidade, é predominantemente residencial e abriga a “Lona João Bosco”, o Grêmio Vista Alegre, a Praça Jardim Vista Alegre e o Parque José Orlando Bernardes. O comércio situa-se nos bairros vizinhos de Irajá e Vila da Penha, concentrado na Praça Rubey Wanderlei (Largo do Bicão). Na época em que foi implantado, o bairro era chamado de “Novo Brás de Pina”.

Nota: A denominação, delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985.

Zumbi

O nome significa TUMBY, “As Cadeiras, As Ancas Femininas”, devido ao formato da praia, dado pelos indígenas. Por estar localizado entre o Rio Jequiá e a Baía em estreita faixa de terra, foi originalmente uma área alagadiça. As atividades nos primórdios da ocupação eram a pesca, a produção de cal (trituração de mariscos em fornos apropriados). Quanto à lavoura, não existem registros.

O bairro é um dos mais antigos da Ilha do Governador e na metade do século XIX já estava bastante ocupado, contando com estabelecimentos comerciais. Por volta de 1870, foi criada uma das primeiras escolas da região, para meninos, com 36 alunos. Dessa época é o teatrinho particular que funcionou na rua Serrão, de 1872 a 1877, cujo proprietário era o dono da fazenda da Ribeira. Em 1898, a Companhia Cantareira e a Viação Fluminense implantaram o acesso marítimo regular para a Ilha, com uma das pontes no Zumbi.

Em 1900 a Ilha teve o seu primeiro jornalzinho, “O Suburbano”, com sua redação /administração na praia do Zumbi, seus redatores eram Hilário da Rocha, Manuel Cândido da Silva, Antonio Matos Ferreira e Pio Dutra. Sua juventude se reunia no Café e Bilhares de José Arsênio, no Zumbi. Na década de 1920, surgem os primeiros projetos de alinhamentos, como os das ruas Gaspar de Souza e Pojuca e, em 1928, é aprovado projeto de loteamento, com a abertura da rua Manuel Bonfim. Os bondes, vindos da Ribeira, começaram a circular em 1922, até a sua extinção em 1964.

Atualmente, o Zumbi é um pequeno bairro residencial, com comércio local, situado entre a estrada do Rio Jequiá e a Baía de Guanabara. Nele ficam o Batalhão da PM Luis Alves de Lima e Silva, a Escola Municipal Cuba, o Posto de Saúde Necker Pinto, o Parque Almirante Sousa e Melo, a praia do Zumbi, e o Jequiá Iate Clube, fundado em 19/12/1919, antigo Jequiá Football Club (chegou a disputar o Campeonato Carioca de 1936).

Nota: A denominação, delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985.

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