Este blog prossegue com as postagens sobre um resumo, por ordem alfabética, da história dos 159 bairros existentes na cidade do Rio de Janeiro, segundo levantamento realizado pelo Instituto Pereira Passos, vinculado a Secretaria Municipal de Urbanismo da Prefeitura do Rio - com a ajuda decisiva da amiga Denise Moura, que nos indicou a fonte para tais informações.
Esta publicação fora iniciada em 9 de março de 2009, com o resumo das histórias dos bairros da Abolição e Acari. Após uma longa interrupção, retomamos a publicação e abordamos os bairros, Tomás Coelho, Turiaçu e Urca
Quem não teve a oportunidade de conhecer as postagens anteriores, após o término destas que ainda faltam, que se concluirão com o bairro do Zumbi (na Ilha do Governador) , tornaremos a publicar o resumo das histórias dos 159 bairros do Rio de janeiro desde o início, todas as segundas-feiras.
Esta publicação fora iniciada em 9 de março de 2009, com o resumo das histórias dos bairros da Abolição e Acari. Após uma longa interrupção, retomamos a publicação e abordamos os bairros, Tomás Coelho, Turiaçu e Urca
Quem não teve a oportunidade de conhecer as postagens anteriores, após o término destas que ainda faltam, que se concluirão com o bairro do Zumbi (na Ilha do Governador) , tornaremos a publicar o resumo das histórias dos 159 bairros do Rio de janeiro desde o início, todas as segundas-feiras.
Boa leitura!
Tomás Coelho
A região pertencia ao antigo Engenho do Mato, contínuo ao Engenho da Rainha. Lá se encontravam as estradas Velha e Nova da Pavuna (atuais Ademar Bebiano e Av. João Ribeiro), que prosseguiam juntas em uma só via, atravessando a garganta entre o morro do Juramento e a serra da Misericórdia, rumo a Irajá. Essa passagem foi aproveitada pela Estrada de Ferro Rio D’ Ouro, quando de sua construção, no ano de 1876, e nela foi instalada a estação Engenho do Mato.
A E. F. Rio D’ Ouro foi extinta na década de 1960, mas o bairro continuou servido pelos trens da antiga Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil (atual linha auxiliar), com sua estação Tomás Coelho. Seu nome é uma homenagem ao Conselheiro Thomaz Coelho, Ministro da Guerra no 2º reinado (Dom Pedro II), que instalou o Colégio Militar na Tijuca, em 1889.
Com a construção da Linha 2 da Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro – Metrô, foi inaugurada a estação de Tomás Coelho no dia 23 de setembro de 1996. Aí foi construído viaduto ligando a estrada Velha da Pavuna (Ademar Bebiano) a avenida Automóvel Clube (Pastor Martin Luther King Jr.) e a rua Silva Vale, que faz o acesso do bairro à Madureira.
Tomás Coelho é, em sua maior parte, um bairro residencial, com algumas indústrias na rua Silva Vale. Sua área se estende entre os morros dos Urubus, do Juramento e a serra da Misericórdia. Nessas encostas localizam-se comunidades como o Parque Silva Vale, Juramento, Nova Maracá e Juramento II, próximas a conjuntos habitacionais.
Nota: A denominação, delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985.
Turiaçu
Corruptela de TURY ou TORY, “Facho” e AÇÚ, “grande, extenso”, significando “o fogaréu”, ou o “fogaréu feito de sapê”.
Na região, atravessada pela estrada do Otaviano - que se referia ao comerciante Otaviano José da Cunha, com estabelecimento no Largo do Otaviano -, ficava o Engenho do “Vira-Mundo”, o último grande fabricante de rapadura e cachaça, depois da decadência do Engenho de Portela.
Com a inauguração da Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil (atual linha auxiliar), foi instalada a estação de Turiaçu em 1898, atualmente abandonada e não mais utilizada como ponto de parada dos trens.
Esse pequeno bairro, onde predominam as residências, se estende entre a linha férrea e as encostas do morro do Sapê. Atravessado pela faixa das linhas de transmissão de energia da Light, o bairro de Turiaçu tem grandes pedreiras desativadas no morro do Sapê e, como destaque, a indústria de produtos alimentícios Piraquê (biscoitos, macarrão, etc) situada na rua Leopoldino de Oliveira. Está dentro da zona de influência do centro de comércio e serviços de Madureira.
Nota: A denominação, delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985.
Urca
Estácio de Sá, sobrinho do Governador-geral Mem de Sá, fundou, em 1º de março de 1565, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em uma praia localizada entre os morros Pão de Açúcar e Cara de Cão. Ele construiu, na entrada da baía, uma fortificação composta por casinhas simples feitas de troncos de madeira e barro, cobertas de palha, ao lado das quais perfurou um poço para abastecimento de água potável. Ergueu uma capelinha, designou autoridades e criou uma hierarquia, nomeando o juiz, o alcaide-mor e o tabelião. Esta pequena paliçada, que recebeu o nome em homenagem a Dom Sebastião, rei de Portugal, constituiu o núcleo inicial da Cidade, estabelecendo as bases para sua colonização. Desta forma, o Rio de Janeiro começou em um estratégico istmo, localizado no que hoje conhecemos como o bairro da Urca.
Depois que Estácio de Sá combateu e expulsou os franceses, a Cidade foi transferida para o Morro do Castelo, situado no atual bairro do Centro. A área que hoje se conhece como o bairro da Urca foi criada entre 1910 e 1922, por meio de aterros, ao longo da orla voltada para a tranqüila enseada de Botafogo. O nome Urca tem origem no morro rochoso que lembrava um tipo de embarcação antiga usada pelos holandeses para transporte de carga.
No inicio, existiam, apenas, as águas da enseada que acompanhavam o costão do Morro da Urca em sua face oeste. Por ele passava um caminho que levava ao Forte São João e que hoje corresponde à avenida São Sebastião.
No fim do século XIX, o português Domingos Fernandes Pinto adquiriu uma pedreira escavada no Morro da Urca, onde só se podia chegar de barco. Depois, firmou com dois sócios um contrato com a Intendência Municipal para implantação de um cais no local. Foi feito um enrocamento com uma ponte precária na área do “Quadrado da Urca”.
Em 1921, durante o governo do Prefeito Carlos Sampaio, foi concluído o “Quadrado da Urca”; inaugurada a avenida Portugal e aterrada a área cercada pela murada de granito ao longo da costa, até o portão do Forte. Nesta época foi feito, também, o atual arruamento.
Entre 1920 e 1923 foi criada, artificialmente, a Praia da Urca e erguido nela o “Hotel Balneário da Urca”. O Hotel, com 34 quartos, logo entrou em decadência e, em 1933, foi transformado no “Cassino Balneário da Urca” que, além de funcionar como um cassino, apresentava espetáculos, com grandes artistas nacionais e internacionais. Em 1946, no governo do Presidente Eurico Gaspar Dutra, foram proibidos os chamados “jogos de azar” e, assim, o Cassino foi fechado.
Em 1952, se instalou, no local, o primeiro canal de televisão no Brasil, a TV Tupi, que permaneceu no ar até 1968. A partir desta data, o prédio foi abandonado. Recentemente foi adquirido pela Prefeitura e será uma Escola de Design.
A Urca é um bairro residencial, cortado por ruas arborizadas. A avenida Pasteur, antiga Praia da Saudade, abriga hoje o Iate Clube do Rio de Janeiro e as instalações da UNIRIO-Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UFRJ-Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Instituto Benjamin Constant. Na Praia Vermelha, estão o Instituto Militar de Engenharia (IME), a Escola de Comando e Estado Maior do Exército, a pista de caminhada Cláudio Coutinho e a estação do primeiro estágio do Teleférico. Em um percurso de 1330 metros, sob cabos de aço, o mundialmente conhecido Bondinho leva milhões de turistas ao alto dos morros da Urca e Pão de Açúcar.
Nota: A denominação, delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985.
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