Este blog prossegue a publicação, por ordem alfabética, do resumo da história dos 159 bairros existentes na cidade do Rio de Janeiro, segundo levantamento realizado pelo Instituto Pereira Passos, vinculado à Prefeitura do Rio e à Secretaria Municipal de Urbanismo. Desta vez são os bairros de Cavalcanti, Cidade de Deus e Cidade Nova.
Cavalcanti
A família Cardoso Quintão possuía uma grande quantidade de terras entre o caminho do Catete, atual rua Graça Melo e, a Estrada Real, atual avenida Suburbana, que deu origem ao bairro.
Com a construção da linha auxiliar, antiga Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil, em 1892, foi implantada a estação de Cavalcanti, que recebeu o nome em homenagem a Matias Cavalcanti, que era encarregado do tráfego da Central.
O atual bairro de Cavalcanti fica situado entre os morros do Dendê, da Serrinha e dos Urubus. Sua rua principal é a Silva Vale, cujo nome é uma homenagem a um antigo engenheiro da Prefeitura.
Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985.
Com a construção da linha auxiliar, antiga Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil, em 1892, foi implantada a estação de Cavalcanti, que recebeu o nome em homenagem a Matias Cavalcanti, que era encarregado do tráfego da Central.
O atual bairro de Cavalcanti fica situado entre os morros do Dendê, da Serrinha e dos Urubus. Sua rua principal é a Silva Vale, cujo nome é uma homenagem a um antigo engenheiro da Prefeitura.
Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985.
Cidade de Deus
A região pertencia à Grande Sesmaria de Martin de Sá, que se estendia do arroio Pavuna até o Maciço da Tijuca, cuja principal construção era o Engenho D’Água. Nas suas imediações se encontravam as estradas do Gabinal, do Capão (atual Tem. Cel. Muniz de Aragão) e da Banca da Velha (atual Edgar Werneck). Posteriormente, a área foi ocupada por sítios e fazendas onde cultivou-se cana-de-açúcar, café e lavouras diversas.
Na década de 1960, com a transformação do Distrito Federal em Estado da Guanabara, o Governador Carlos Lacerda implementou uma política de remoção das favelas situadas na zona sul da Cidade, no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas, além de algumas outras, para isso autorizando a construção de grande conjunto habitacional na baixada de Jacarepaguá. Surgiu assim a Cidade de Deus.
Construída pela COHAB e financiada pelo BNH, a Cidade de Deus terminou de ser construída após o governo Negrão de Lima. Seus projetos foram executados em 1968: o primeiro, em área total de 253.810 m2, limitado entre a avenida Ezequiel, rua Moisés e rua Edgar Werneck; o segundo, em área total de 36.343 m2, constando de 159 lotes e 8 ruas, entre a estrada da Estiva (atual Malomiguel Salazar Mendes de Morais) e a avenida do Rio Grande; e o terceiro, de outubro de 1968, abrangendo a maior área, com mais de 120 logradouros, incluindo ruas, travessas, praças, todas batizadas com nomes bíblicos, pelo Decreto de 30/03/1970.
Os favelados transferidos para a Cidade de Deus provinham de 63 favelas distintas, sendo que 70% dessa população provinha de apenas seis favelas (Praia do Pinto, Parque da Gávea, Ilha das Dragas, Parque do Leblon, Catacumba e Rocinha). Os outros 30% eram oriundos de 57 favelas, evidenciando a heterogeneidade dos residentes favelados.
A Cidade de Deus agrupa uma população de operários de vários setores industriais, prestadores de serviços não-especializados, pessoas dedicadas a atividades comerciais, de natureza administrativa e profissionais liberais. Alguns anos depois de sua inauguração, o que antes eram áreas exclusivamente residenciais, tomaram a feição de pequenos centros comerciais em plena expansão, observando-se em quase todas as quadras os mais diversos estabelecimentos.
Atravessada pelo rio Grande e seu afluente Estiva, a Cidade de Deus passou a ter um crescimento interno desordenado, observando-se um processo de favelização ao longo desses canais. Junto ao conjunto surgiram as comunidades do Muquiço, Santa Efigênia, travessa Efraim, Rocinha II e Jardim do Amanhã II, além de novos conjuntos habitacionais como o Vila Nova Cruzada e o Jardim do Amanhã. Em 1997, com a inauguração da “Linha Amarela”, a Cidade de Deus seria seccionada: de um lado os Conjuntos Margarida, Gabinal etc e, do outro, o restante das antigas glebas, as duas partes interligadas por passarelas.
A vida no bairro inspirou o filme brasileiro “Cidade de Deus”, baseado no romance homônimo de Paulo Lins, com roteiro de Bráulio Mantovani, dirigido por Fernando Meirelles. Lançado em 2002 no Brasil e, posteriormente, no exterior, o filme teve enorme sucesso, recebendo inúmeros prêmios e indicações.
A Lei 2662/98 transformou o grande conjunto, na XXXIV RA – Cidade de Deus.
Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280 de 23 de agosto de 1985.
Cidade Nova
Na década de 1960, com a transformação do Distrito Federal em Estado da Guanabara, o Governador Carlos Lacerda implementou uma política de remoção das favelas situadas na zona sul da Cidade, no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas, além de algumas outras, para isso autorizando a construção de grande conjunto habitacional na baixada de Jacarepaguá. Surgiu assim a Cidade de Deus.
Construída pela COHAB e financiada pelo BNH, a Cidade de Deus terminou de ser construída após o governo Negrão de Lima. Seus projetos foram executados em 1968: o primeiro, em área total de 253.810 m2, limitado entre a avenida Ezequiel, rua Moisés e rua Edgar Werneck; o segundo, em área total de 36.343 m2, constando de 159 lotes e 8 ruas, entre a estrada da Estiva (atual Malomiguel Salazar Mendes de Morais) e a avenida do Rio Grande; e o terceiro, de outubro de 1968, abrangendo a maior área, com mais de 120 logradouros, incluindo ruas, travessas, praças, todas batizadas com nomes bíblicos, pelo Decreto de 30/03/1970.
Os favelados transferidos para a Cidade de Deus provinham de 63 favelas distintas, sendo que 70% dessa população provinha de apenas seis favelas (Praia do Pinto, Parque da Gávea, Ilha das Dragas, Parque do Leblon, Catacumba e Rocinha). Os outros 30% eram oriundos de 57 favelas, evidenciando a heterogeneidade dos residentes favelados.
A Cidade de Deus agrupa uma população de operários de vários setores industriais, prestadores de serviços não-especializados, pessoas dedicadas a atividades comerciais, de natureza administrativa e profissionais liberais. Alguns anos depois de sua inauguração, o que antes eram áreas exclusivamente residenciais, tomaram a feição de pequenos centros comerciais em plena expansão, observando-se em quase todas as quadras os mais diversos estabelecimentos.
Atravessada pelo rio Grande e seu afluente Estiva, a Cidade de Deus passou a ter um crescimento interno desordenado, observando-se um processo de favelização ao longo desses canais. Junto ao conjunto surgiram as comunidades do Muquiço, Santa Efigênia, travessa Efraim, Rocinha II e Jardim do Amanhã II, além de novos conjuntos habitacionais como o Vila Nova Cruzada e o Jardim do Amanhã. Em 1997, com a inauguração da “Linha Amarela”, a Cidade de Deus seria seccionada: de um lado os Conjuntos Margarida, Gabinal etc e, do outro, o restante das antigas glebas, as duas partes interligadas por passarelas.
A vida no bairro inspirou o filme brasileiro “Cidade de Deus”, baseado no romance homônimo de Paulo Lins, com roteiro de Bráulio Mantovani, dirigido por Fernando Meirelles. Lançado em 2002 no Brasil e, posteriormente, no exterior, o filme teve enorme sucesso, recebendo inúmeros prêmios e indicações.
A Lei 2662/98 transformou o grande conjunto, na XXXIV RA – Cidade de Deus.
Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280 de 23 de agosto de 1985.
Cidade Nova
A Cidade Nova era uma extensa região pantanosa, compreendendo os Mangais da Gamboa Grande e o final do Saco de São Diogo. Com os aterros feitos no inicio do século XIX, nela se formou o “Campo de Marte”, destinado a manobras de tropas militares e exercícios de tiro. Ali foi aberto o Caminho do Aterrado, ou das Lanternas, sobre o qual a Rua São Pedro da Cidade Nova alcançaria a “Ponte dos Marinheiros”, renovada para que a família real tivesse acesso ao Palácio da Quinta. Mauá instalou na Rua São Pedro, em 1851, a “fábrica de gás”, projeto do inglês Guilherme Bragge e transformou, em 1857, a vala que corria no aterrado num verdadeiro canal, o Canal do Mangue (entre as Ruas Visconde de Itaúna e Senador Eusébio).
Em 1895, completou-se o aterro dos pântanos vizinhos com terras que vieram do desmonte do Morro do Senado. Foram, então, abertas as ruas Visconde Duprat, Pinto de Azevedo, Pereira Franco, dos Bondes (Machado Coelho) e outras.
A região entrou em decadência após a construção da Av. Presidente Vargas, na década de 1940, com cortiços, zona de meretrício (o famoso “Mangue”, onde Luiz Gonzaga, o rei do baião, começou a tocar quando chegou ao Rio de Janeiro) e sobrados em ruínas, até ser renovada a partir dos anos 1970. Foram então construídos o Prédio da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e o Centro Administrativo São Sebastião (CASS) - sede da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, projeto do arquiteto Marcos Konder Netto. Na década de 1990 a região recebeu obras que implantaram uma nova infra-estrutura voltada para as novas tecnologias de informação e comunicação – era o projeto do Teleporto do Rio de Janeiro -, que terminou por concentrar em um prédio uma série de empresas com atuação na Internet.
Novas ruas foram abertas e foi construído um prédio anexo ao CASS para abrigar as Secretarias Municipais de Administração e de Fazenda, entre outras. Em julho de 2007, foi inaugurado o Centro de Convenções “RIOCIDADENOVA”, em área de 16 mil m2 que inclui prédio tombado de 1869.
Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280 de 23 de agosto de 1985.
Em 1895, completou-se o aterro dos pântanos vizinhos com terras que vieram do desmonte do Morro do Senado. Foram, então, abertas as ruas Visconde Duprat, Pinto de Azevedo, Pereira Franco, dos Bondes (Machado Coelho) e outras.
A região entrou em decadência após a construção da Av. Presidente Vargas, na década de 1940, com cortiços, zona de meretrício (o famoso “Mangue”, onde Luiz Gonzaga, o rei do baião, começou a tocar quando chegou ao Rio de Janeiro) e sobrados em ruínas, até ser renovada a partir dos anos 1970. Foram então construídos o Prédio da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e o Centro Administrativo São Sebastião (CASS) - sede da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, projeto do arquiteto Marcos Konder Netto. Na década de 1990 a região recebeu obras que implantaram uma nova infra-estrutura voltada para as novas tecnologias de informação e comunicação – era o projeto do Teleporto do Rio de Janeiro -, que terminou por concentrar em um prédio uma série de empresas com atuação na Internet.
Novas ruas foram abertas e foi construído um prédio anexo ao CASS para abrigar as Secretarias Municipais de Administração e de Fazenda, entre outras. Em julho de 2007, foi inaugurado o Centro de Convenções “RIOCIDADENOVA”, em área de 16 mil m2 que inclui prédio tombado de 1869.
Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280 de 23 de agosto de 1985.
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