sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

DEU NO JORNAL GAZETA MERCANTIL

Dilma é apresentada a petistas de São Paulo

Gazeta Mercantil - 12/02/2009

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) será formalmente apresentada a petistas paulistas em um jantar nesta sexta-feira oferecido na residência da ex-prefeita Marta Suplicy.Muitos dos cerca de 60 políticos petistas convidados não conhecem pessoalmente a ministra, que ocupa cargos no governo Lula desde 2003 e é cotada para concorrer à Presidência pelo partido nas eleições de 2010.Além de uma espécie de apresentação, o jantar servirá para tentar quebrar possíveis resistências a uma candidata de outro Estado e que já pertenceu a outra legenda, o PDT.

Dilma nasceu em Minas Gerais e fez sua carreira pública no Rio Grande do Sul. Foram convidados senadores, deputados federais e estaduais, vereadores e prefeitos da legenda da Grande São Paulo. "Tem que conhecer, ouvir. Precisa de uma interlocução para ser candidata", disse à Reuters o deputado Carlos Zarattini (SP), que foi coordenador da campanha de Marta à prefeitura de São Paulo no ano passado.Marta, que ressurge depois de sair derrotada da eleição municipal, é uma das lideranças petistas incumbidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de articular a pré-candidatura a presidente pelo PT.

Parece que agora vai

Apesar do capcioso título da matéria da Gazeta ,"Dilma é apresentada a petistas de São Paulo" (como se fosse possível hoje no PT haver quem não a conheça), segundo as movimentações petistas parece que a candidatura de Dilma Roussef à Presidência da República já é um fato consumado, embora o partido não tenha se pronunciado formalmente.

Dilma Roussef tem feito encontros como esse com vários setores do partido. Recentemente conversou com a direção nacional da tendência Articulação de Esquerda, liderada pelo Secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, reunião considerada proveitosa por um dos seus porta-vozes consultado por este blog.

Candidatura articulada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mas sem vivência partidária e eleitoral, ao contrário de outros nomes citados como os ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e Tarso Genro (Justiça), a única exigência do PT, contida em recente pronunciamento do presidente nacional do partido, deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), é que o seu nome passe pelo processo de deliberação partidária.

Como não há outras postulações, salvo movimentações atribuídas ao senador Paulo Renato Paim (PT-RS) que, segundo fontes, não está de olho no planalto, mas na sucessão do governo do seu estado ou na garantia de indicação partidária para a sua candidatura à reeleição ao senado, o PT antecipa o processo sucessório de 2010 e busca costurar alianças nos estados.

Problemas à vista no Estado do Rio, onde um setor do partido trabalha para que o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, seja candidato ao governo, enquanto outro deseja que o partido apóie a reeleição do governador Sérgio Cabral, para que ele e o seu PMDB engrossem as fileiras da candidatura nacional petista.

Devido a grande exposição que a ministra da Casa Civil tem obtido, a oposição ameaça solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral a antecipação do início do processo eleitoral, para colocar os seus nomes na rua, embora todas as pesquisas sobre intenções de votos até o momento realizadas, coloquem o governador José Serra (PSDB-SP) na liderança da disputa para a Presidência da República. Enfim, 2010 já começou, vamos acompanhar os próximos lances.

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