O anúncio feito pelo líder do PT na Câmara Municipal, vereador Adilson Pires, da indicação dos petistas Jorge Bittar (na foto), deputado federal, para a Secretaria Municipal de Habitação, e do psicólogo Marcelo Costa, sugerido pelo deputado estadual Gilberto Palmares, para a de Desenvolvimento Econômico, formaliza o ingresso do PT na futura gestão da prefeitura do Rio, que tomará posse no dia 1º de janeiro, composta também por tucanos como Cláudia Costin, futura Secretaria de Educação, e Paulo Jobim, indicado para a de Administração, que foram ministros do governo de ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e pelo deputado estadual Pedro Paulo , o primeiro secretário anunciado por Paes, que vai ocupar a Casa Civil.
É prematuro e complexo definir o perfil da futura gestão de Eduardo Paes, que pelos anúncios feitos até agora revela apreço as suas raízes tucanas e pefelistas, já que além dos citados, convidou para compor o seu secretariado Rodrigo Bethlem (Ordem Pública) e Ruy Cesar (Copa do Mundo e jogos de 2016) e cuidado em contemplar os aliados de primeiro e segundo turnos da eleição, como Jandira Feghali (Cultura), o vice-prefeito eleito e dirigente estadual do PMDB, Carlos Alberto Muniz (Meio Ambiente), Fernando Willian (Assistência Social), além é claro dos nomes petistas agora revelados.
Outros nomes indicados para compor o secretariado são pouco conhecidos do público carioca, mas deve se destacar o convite para Hans Dohman ocupar a Secretaria Municipal de Saúde. O serviço mais precário oferecido pela prefeitura do Rio, que se tornou o legado mais negativo dos 16 anos de gestão César Maia, que já fora gerido por um banqueiro, o ex-deputado tucano Ronaldo Cezar Coelho, será agora por um empresário da área de saúde, proprietário da Clínica Pró-Cardiaco. Oxalá, ele surpreenda a parcela majoritária da população carioca que depende desse serviço.
Oxalá, o PT consiga com esse espaço que lhe foi oferecido e aceito, com debate reduzido a algumas representações partidárias - sequer o DM-Rio foi convocado para se posicionar sobre o assunto - e sem qualquer ressalva ou formulação programática, inclusive em relação a uma secretaria que ainda está para ser criada e que mal se conhece a estrutura disponível, resgatar alguma interface com parcela do eleitorado que vem perdendo a cada eleição, o prestígio que há anos vem se deteriorando e se construir como alternativa de gestão para a cidade do Rio de Janeiro, e, assim, superar a condição de coadjuvante no cenário político carioca e fluminense. A experiência na gestão estadual tem acumulado pouco para isso, vamos ver se agora as coisas mudam de qualidade. Eu acho que não!
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