quarta-feira, 31 de março de 2010

A VOCAÇÃO BRASILEIRA, POR JOSÉ LUIS FIORI

Brasil: vocação natural e vontade de potência

Por José Luís Fiori |

Por imposição geográfica, histórica e constitucional, a prioridade número um da política externa brasileira sempre foi a América do Sul. Mas hoje é impossível o Brasil sustentar os seus objetivos e compromissos sul-americanos, sem pensar e atuar simultaneamente em escala global.

Costuma-se falar de uma “vocação natural” dos países e dos povos, que estaria determinada pela sua geografia, pela sua história e pelos seus interesses econômicos. Mas ao mesmo tempo, sempre existiram países ou povos, que se atribuem um “destino manifesto” com o direito de ultrapassar os seus limites geográficos e históricos, e projetar o seu poder para além das suas fronteiras, com o objetivo de converter, civilizar ou governar os demais povos do mundo.

Entretanto, quando se estuda a história mundial, o que se descobre é que nunca existiram povos com vocações inapeláveis, nem países com destinos revelados. Descobre-se também, que todos os países que projetaram seu poder para fora de si mesmos, e conseguiram se transformar em “grandes potências”, foram em algum momento países periféricos e insignificantes, dentro do sistema mundial. E se constata, alem disto, que em todos estes casos de sucesso, existiu um momento em que havia uma distância muito grande entre a capacidade imediata que o país dispunha, e a sua vontade ou decisão política de mudar o seu lugar dentro da hierarquia internacional.

Uma distância objetiva, que foi superada sem voluntarismos extemporaneos, por uma estratégia de poder competente que soube avaliar em cada momento, o potencial expansivo do país, do ponto de vista político, econômico e militar. Donde se deva deduzir que existe uma “vontade de potência” mais universal do que se imagina, e que de fato o que ocorre é que a própria natureza competitiva e hierárquica do sistema impede que todos tenham o mesmo sucesso, criando a impressão equivocada de que só alguns possuem o destino superior de supervisionar o resto do mundo.

Por imposição geográfica, histórica e constitucional, a prioridade número um da política externa brasileira sempre foi a América do Sul. Mas hoje é impossível o Brasil sustentar os seus objetivos e compromissos sul-americanos, sem pensar e atuar simultaneamente em escala global. Partindo do suposto que acabou o tempo dos “pequenos países” conquistadores (como Portugal ou Inglaterra, por exemplo), e que o futuro do sistema mundial dependerá, daqui para frente, de um “jogo de poder” entre os grandes “países continentais”, como é o caso pioneiro dos EUA, e agora será também, o caso da China, da Russia, da India e do Brasil, excluida a União Européia enquanto näo for um estado único.

Neste jogo, os EUA já ocupam o epicentro e lideram a expansäo do sistema mundial, mas os outros quatro países possuem por si só, cerca de um quarto do território, e quase um terço da população mundial. E todos os quatro estäo disputando hegemonias regionais, e já projetam – em alguma medida – seu poder econômico ou diplomático, para fora de suas próprias regiões.

Pois bem, o que se deve esperar, na próxima década, é que a Russia se concentre na reconquista do seu antigo território e de sua zona de influencia imediata; que a expansäo global da China se mantenha no campo econômico e diplomático; e que a Índia siga envolvida com a construção de barreiras e alianças que protejam suas fronteiras, ao norte, onde se sente ameaçada pelo Paquistão e pelo Afeganistão, e ao sul, onde se sente ameaçada pelo novo poder naval da própria China.

Deste ponto de vista, comparado com estes três “países continentais”, o Brasil tem menor importância econômica do que a China e muito menor poder militar do que a Rússia, e que a Índia. Mas ao mesmo tempo, o Brasil é o único destes países que está situado numa região onde não enfrenta disputas territoriais com seus vizinhos, e por isto, é o país com maior potencial de expansão pacífica, dentro da sua própria região. Além disto, é o único destes países que contou – até aqui – com uma dupla vantagem com relação aos outros três, do ponto de vista de sua presença fora do seu próprio continente: em primeiro lugar, o Brasil usufruiu da condição de “potência desarmada”, porque está situado na zona de proteção militar incondicional dos Estados Unidos; e em segundo lugar, o Brasil usufruiu da condição de “candidato-herdeiro” à potência, porque é o único que pertence inteiramente à “matriz civilizatória” dos Estados Unidos.

Por isto, aliás, a expansão da influência brasileira tem seguido até aqui, a trilha que já foi percorrida pelos Estados Unidos, e pelos seus antepassados europeus. Mas além disto é fundamental destacar que o Brasil contou neste período recente com a liderança política de um presidente que transcendeu seu país, e projetou mundialmente sua imagem e sua influencia carismática. Como passou em outro momento, e numa outra clave, com a liderança mundial de Nelson Mandela, que foi muito além do poder real, e da influência internacional, da África do Sul.

Neste sentido, o primeiro que se deve calcular com relação ao futuro brasileiro, é que o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representará, inevitavelmente, uma perda no cenário internacional, como aconteceu também com a saída de Nelson Mandela. Com a diferença que o Brasil já está objetivamente muito à frente da África do Sul. Assim mesmo, para seguir adiante pelo caminho que já foi traçado, o Brasil terá que fazer pelo menos duas opçöes fundamentais e de longo prazo.

Em primeiro lugar, terá que decidir se aceita ou não a condição de “aliado estratégico” dos Estados Unidos, da Grã Bretanha e da França, com direito de acesso à tecnologia de ponta, mas mantendo-se na zona de influencia, e decisão militar dos Estados Unidos. Caso contrário, o Brasil terá que decidir se quer ou näo construir uma capacidade autônoma de sustentar suas posições internacionais, com seu próprio poder militar. Em seguida, o Brasil terá que definir a sua visão ou utopia, e o seu projeto de transformaçäo do sistema mundial, sem negar sua “matriz öriginária” européia, mas sem contar com nenhum “mandato” ou “destino”, revelado por Deus ou quem quer que seja, para converter, civilizar ou conquistar os povos mais fracos do sistema.

De qualquer forma, uma coisa é certa: o Brasil já se mobilizou internamente e estabeleceu nexos, dependências e expectativas internacionais muito extensas, num jogo de poder que näo admite recuos. Neste altura, qualquer retrocesso terá um custo muito alto para a história brasileira.

José Luís Fiori, cientista político, é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Fonte: Site do Jornal Página 13

GRUPO EM SP DE APOIO A DIVERSIDADE SEXUAL

Um grupo em São Paulo ajuda familiares a lidar com a homossexualidade de jovens e adolescentes

Mais de 80 jovens entre 13 e 24 anos ocupam- a sala na rua Major Sertório, no centro de São Paulo. Sentados em cadeiras, sofás ou em almofadas no chão, conversam, namoram, esclarecem dúvidas e falam sobre as dificuldades e os prazeres típicos desta fase da vida. No fim, participam de uma confraternização com lanche e música. O que os une nesta tarde de domingo não é política ou religião, mas a orientação sexual: eles são LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) ou querem conhecer pessoas que sejam, por conta de dúvidas quanto à própria sexualidade.

Uma adolescente loira e outro jovem fazem perguntas e comentários bem-humorados para os novatos. É uma maneira de descontrair o ambiente. A garota, que aqui será chamada de Cris, serve de exemplo de alguma das situações que levaram o Grupo de Pais de Homossexuais (GPH) a formar uma turma de jovens e adolescentes em situação semelhante. Edith Modesto, criadora do grupo em 1997 e sua presidente, observa os participantes.

Cris está com 16 anos e é uma transexual, ou seja, sabe que é uma garota por mais que seu corpo insista em tentar lhe convencer do contrário. Quem a vê, conhece o seu quarto ou a acompanha em sites de relacionamento percebe que a natureza é capaz de se enganar. E por conta desta diferença entre seu corpo e seus sentimentos está impedida de estudar. A família chegou a procurar cerca de uma dezena de escolas, entre elas algumas ditas "inclusivas", mas nenhuma quis matricular a garota. Cris conta que chegou a ter infecção urinária quando estava no ensino fundamental. Como a escola exigia que frequentasse o banheiro masculi-no, a adolescente evitava usá-lo.

A menina mora com a mãe e a avó, que, a pedido, não são identificadas neste texto. O irmão mais velho a evita. O pai tem uma relação dúbia com a garota; chegou a dar um aplique capilar para a filha, quando ela tinha os cabelos curtos, mas depois queria que tirasse. Apesar de se esforçarem para compreender a situação de Cris, a mãe e a avó também têm dificuldades. É comum escutar, principalmente por parte da avó, "meu neto" e "o" Cris. E até o resto da família costuma evitá-las.

A mãe de Cris ainda não sabia que a garota era transexual quando decidiu procurar o GPH. Preocupada com o filho de modos afeminados e que havia dito, aos 11 anos, não gostar de meninas, ela decidiu procurar Edith Modesto após assisti-la em um programa de tevê. Depois de conhecer o grupo, convenceu a filha a ingressar. "No começo não queria participar de um grupo com homossexuais, mas depois percebi que, apesar das diferenças, o convívio com eles era importante para mim", admite a adolescente.

Inicialmente, o GPH não tinha a intenção de virar uma entidade. A fundadora foi estimulada após descobrir que o caçula de seus sete filhos era homossexual. Professora aposentada da Universidade de São Paulo e autora de livros infanto-juvenis, sentiu necessidade de entender o que era a homossexualidade para poder aceitar a orientação de seu filho. Pela internet, formou uma rede de amigos gays em salas de discussão. Fazia perguntas e ao mesmo tempo passou a dar atenção aos desabafos dos jovens. Segundo ela, os relatos eram muitas vezes sobre as dificuldades de relacionamento com os pais, o preconceito em ambientes como a escola e a dificuldade em se aceitarem como são.

Yuri, um dos jovens que tinha Edith como amiga virtual, disse que a sua mãe não via problemas em sua homossexualidade. Desconfiada, a pesquisadora pediu o telefone de Clarice Cruz Pires. Dias depois, convidou outra amiga que tem um filho homossexual e Clarice para um almoço em sua casa. Da repetição desses bate-papos surgiu o GPH. Agora, cada encontro reúne de 10 a 30 participantes, na proporção de quatro mães para cada pai, no último domingo de cada mês, na casa de Edith.

O grupo cresceu depois de a pesquisadora começar a escrever livros sobre homossexualidade e a relação entre pais e filhos. Atualmente, mais de 200 mensagens com pedidos de ajuda ou orientação chegam a ela todos os dias. Já ouviu relatos de pessoas que tentaram o suicídio ao descobrirem a sexualidade dos filhos e de jovens que quiseram acabar com a própria vida por não serem aceitos. Conversou com pais que agrediram os filhos quando souberam ou que quiseram matar o namorado do filho ou a namorada da filha. Reconstruir estes relacionamentos familiares é um ponto central do trabalho.

Neusa Dutra já sabia que o filho Francisco era homossexual quando leu um texto de Edith Modesto em uma revista. "Fiquei chocada de ver uma mãe falar sobre isso com naturalidade. Eu sabia do Chico, havia contado para algumas pessoas mais próximas, mas sempre com um ar de lamento", relembra. Sua postura mudou após iniciar a participação no GPH. Neusa, assim como Clarice, continua no grupo para ajudar outras mães.

Passados dez anos da fundação do grupo, Edith percebeu a necessidade de voltar a falar com os jovens. Eles se reúnem no primeiro domingo de cada mês, na rua Major Sertório, para conversar e no terceiro, na rua Frei Caneca, para ver filmes.

Há jovens que ainda não contaram para seus pais sobre sua sexualidade e procuram liberdade, carinho e aceitação dentro do grupo. "Estou lá como a mãe compreensiva", explica a presidente da entidade. Mas há também quem procure uma entidade de defesa dos direitos de jovens LGBTs. É o caso da transexual Paty, de 16 anos. Cansada das humilhações, havia abandonado a escola. Cabelos longos e bem tratados, maquiada, com as unhas pintadas e um corpo cada vez mais feminino por conta dos hormônios que toma há um ano e meio, ela era alvo de zombaria na sala de aula quando era chamada pelo seu nome de registro, masculino. A presidente do GPH demorou mais de seis meses para convencer a direção da escola a colocar o nome social de Paty na lista de chamada. Conseguiu e agora a garota está de volta às aulas. •

Fonte: Revista Carta Capital

terça-feira, 30 de março de 2010

O MAIOR DESAFIO HISTÓRICO DE SÃO PAULO



São Paulo, terça-feira, 30 de março de 2010


TENDÊNCIAS/DEBATES
A difícil transição paulista
MARCIO POCHMANN

O Estado de São Paulo vive um de seus maiores desafios históricos: como continuar sendo a locomotiva econômica que dirige o país?


QUANDO SE completa a primeira década do século 21, o Estado de São Paulo demonstra viver um de seus maiores desafios históricos, qual seja, o de continuar sendo a locomotiva econômica que dirige o país. Na perspectiva recente, isso parece estar comprometido diante de importantes sintomas de decadência antecipada.

Entre 1990 e 2005, por exemplo, o Estado paulista registrou o segundo pior desempenho em termos de dinamismo econômico nacional, somente superando o Rio de Janeiro, último colocado entre os desempenhos das 27 unidades da Federação.

Atualmente, o Estado paulista responde por menos de um terço da ocupação industrial nacional -na década de 1980, era responsável por mais de dois quintos dos postos de trabalho em manufatura.

Simultaneamente, concentra significativo contingente de desempregados, com abrigo de um quarto de toda mão de obra excedente do país -há três décadas registrava somente um quinto dos brasileiros sem trabalho.

Em consequência, percebe-se a perda de importância relativa no total da ocupação nacional, que decaiu de um quinto para um quarto na virada do século passado para o presente.

Se projetada no tempo, essa situação pode se tornar ainda mais grave, com São Paulo chegando a responder por menos de 20% da ocupação nacional, por um terço de todos os desempregados e apenas por um quinto do emprego industrial brasileiro no início da terceira década do século 21.

Essa trajetória pode ser perfeitamente revertida, uma vez que não há obstáculo econômico sem superação.

A resposta paulista, contudo, precisaria vir da montagem de uma estratégia inovadora e de longo prazo que não seja a mera repetição do passado.

Na visão da antiga oligarquia paulista, governar seria fundamentalmente abrir estradas, o que permitiria ocupar o novo espaço com o natural progresso econômico. Por muito tempo, o Estado pôde se privilegiar dos largos investimentos governamentais em infraestrutura, o que permitiu transitar das grandes fazendas produtoras e exportadoras de café no século 19 para o imenso e diversificado complexo industrial do século 20.

Em apenas duas décadas, o Estado paulista rebaixou a concentração de quase dois terços de sua mão de obra no setor primário para menos de um terço, dando lugar ao rápido crescimento do seu proletariado industrial.

Com isso, a ocupação em manufatura convergiu para São Paulo, passando a representar 40% de todos os empregos industriais do país na década de 1960, contra um quarto em 1940.

Em virtude disso, o protagonismo paulista reverberou nacionalmente por meio do ideário de que seria a locomotiva a liderar economicamente o Brasil grande. Tanto que não era incomum à época que as lideranças de outros Estados sonhassem com a possibilidade de repetir o caminho paulista. O principal exemplo se deu com a implantação de uma "mini-São Paulo" no meio da Floresta Amazônica, por intermédio da exitosa implantação da Zona Franca de Manaus.

Para as décadas vindouras, o futuro tende a exigir a ampliação predominante do trabalho imaterial, cujo principal ativo é o conhecimento.

Não significa dizer que as bases do trabalho material (agropecuária e indústria) deixem de ser importantes, pois é estratégico o fortalecimento das novas fontes a protagonizar o dinamismo econômico do século 21.

Se houver força política nesse sentido, o Estado de São Paulo poderá transitar para a continuidade da condição de liderança econômica da nação, passando a responder por 40% do total do trabalho imaterial do país.

Os esforços de transformação são inegáveis, pois, além da necessária oxigenação de suas instituições, os próximos governos precisariam inverter suas prioridades, com a adoção, por exemplo, de um gigantesco e revolucionário sistema educacional que assegure as condições necessárias do acesso de todos ao ensino, do básico ao superior, ademais da educação para a vida toda e com qualidade.

Na sociedade do conhecimento em construção, a liderança econômica não surgirá da reprodução de sistemas de ensino comprometidos com o passado, tampouco de relações governamentais com profissionais da educação compatíveis com o século 19.

Ainda há tempo para mudanças contemporâneas, sobretudo quando a política pública é capaz de romper com o governo das ideias ultrapassadas. Sem isso, o fantasma da decadência reaparece, fazendo relembrar as fases de liderança econômica de Pernambuco durante a colônia e do Rio de Janeiro no império.

MARCIO POCHMANN, 47, economista, é presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e professor licenciado do Instituto de Economia e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp. Foi secretário do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da Prefeitura de São Paulo (gestão Marta Suplicy)

LINDBERG ABRE POLÊMICA COM O PMDB-RJ

Eleições 2010

Lindberg: Lula pedirá votos também para Crivella

Publicada em 29/03/2010 às 23h58m

Cássio Bruno RIO - Um dia depois de vencer as prévias do PT no Rio e conquistar o direito de ser indicado pelo partido para disputar o Senado , o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, disse nesta segunda-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedirá votos nas ruas e em programas eleitorais na televisão para ele e para o senador Marcelo Crivella (PRB), pré-candidato à reeleição. Segundo Lindberg, o anúncio foi feito por Lula em encontro reservado logo após o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2) , em Brasília.
Até então, Lula só tinha tentado um espaço na coligação para Crivella, nos bastidores, em conversas com o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que tentará a reeleição. Agora, o impasse ganha ainda mais força. Lindberg faz parte da chapa do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), outro postulante ao Senado. Na aliança de Cabral, Picciani e o petista seriam os dois indicados.

"
O Lula vai pedir votos para mim e para o Crivella, inclusive nos programas eleitorais de TV "

- O Lula vai pedir votos para mim e para o Crivella, inclusive nos programas eleitorais de TV. Vai dizer aos eleitores que, se ele votasse no Rio de Janeiro, votaria em nós dois - afirmou Lindberg.
O prefeito ainda acusou Picciani de tentar minar sua indicação para o Senado, atuando em favor da secretária estadual de Assistência Social, Benedita da Silva, derrotada nas prévias. Assim, o presidente da Alerj, teoricamente, aumentaria as chances de conquistar uma cadeira no Senado, caso concorresse com ela. Com a polêmica, Lindberg avalia que, agora, ficará nas mãos do PMDB e de Picciani a decisão de haver uma campanha "pacífica ou com atritos".
- Podemos ter uma dobradinha ou não para o Senado. Não tem nada definido. Vai depender do PMDB e dele se isso tudo será pacífico ou com atritos. Se não houver acordo, cada um segue o seu caminho. Essa aliança ainda está aberta - revelou Lindberg.
Picciani, por meio de sua assessoria, disse que não comentaria as afirmações do petista.
Benedita nega ser pré-candidata a deputada nas eleições de outubroNo encontro, além de Lula, estavam a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à Presidência; o chefe de Gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho; e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo Lindberg, Lula também pediu a ele e ao presidente do diretório regional do PT no Rio, deputado Luiz Sérgio, que tentem convencer Benedita a disputar as eleições de outubro para deputada federal.
" Sempre quis o Senado, e o Lula sabia muito bem disso "

Nesta segunda, Benedita lamentou a derrota e disse que não disputará uma vaga para a Câmara.
- O resultado foi horroroso. Mas é a vida. Agora, faremos campanha para o Lindberg. Nunca discuti isso (pré-candidatura a deputada). Sempre quis o Senado, e o Lula sabia muito bem disso.
A apuração das prévias realizadas domingo foi finalizada ontem à tarde. Ao todo 28.011 filiados votaram no estado. Lindberg ficou com 18.639 votos (67,4%) e Benedita, com 9.014 (32,6%). Brancos chegaram a 193 e, nulos, 165.

Fonte: Jornal O Globo

segunda-feira, 29 de março de 2010

UM POUCO DA HISTÓRIA DOS BAIRROS DO RIO

Este blog prossegue com a publicação, por ordem alfabética, do resumo da história dos 159 bairros existentes na cidade do Rio de Janeiro, segundo levantamento realizado pelo Instituto Pereira Passos, vinculado à Prefeitura do Rio e à Secretaria Municipal de Urbanismo. Nesta postagem destacamos os bairros de Parque Colúmbia, Pavuna e Pechincha.

Parque Colúmbia

Os primeiros moradores se fixaram na região em 1950. A urbanização era precária, havia muitos coqueiros e matagais, e a rua Embaú, principal via, não era pavimentada. A pesca no rio Acari era a atividade predominante das famílias locais.

Em 1956 surgiu um Projeto de Arruamento e Loteamento Misto, Proletário e Industrial, a 229 metros da rodovia Presidente Dutra, entre o rio Acari e a rua Embaú, resultando em 7 ruas. O projeto foi implantado na propriedade da empresa “Ferrometais Colombo Comércio e Indústria S.A., daí o nome “Parque Colúmbia”. Posteriormente, em 1960, outro projeto de loteamento popular (PAL 23173) no lado ímpar da rua Embaú, na propriedade da empresa “Mercúrio Engenharia Urbanização e Comércio Ltda”, deu origem a 7 ruas e à Praça Somália.

O bairro de Parque Colúmbia é, em sua maior parte, residencial, com indústrias e depósitos de lojas de departamentos na rua Embaú e na rodovia Presidente Dutra.

Nota: Criado pela Lei Nº 1787 de 23 de abril de 1999 com a alteração do Bairro da Pavuna.

Pavuna

Vem do indígena PABUNA ou YPABUNA - “lugar ou região escura, sombria, tudo negro” -, que deu nome ao rio de 14 Km de curso que separa o Município do Rio dos municípios da Baixada Fluminense e à localidade que deu origem ao atual bairro. No século XVI, os franceses registravam aldeias de índios Tupis em seus mapas, e uma delas, a aldeia de “UPABUNA”, estaria às margens do referido rio Pavuna. Nessa região se instalaram engenhos de produção de açúcar e registra-se a existência, no século XVIII, da fazenda Nossa Senhora da Conceição da Pavuna, pertencente à família Tavares Guerra, cuja capela data de 1788.

No final do reinado de Dom Pedro I, foi construído o canal da Pavuna, por influência do ministro José Inácio Burles, sendo encarregados da obra o visconde de Jurumirim e o major João Antonio de Vasconcelos Rangel. Esse canal permitiu melhor navegabilidade até a Baía de Guanabara, via rio Meriti, e contribuiu também para o saneamento da região, evitando epidemias de febre amarela.

Em 1833, a Pavuna se localizava dividida pelo rio de mesmo nome, cada lado pertencendo a uma freguesia da cidade: a do lado sul, à freguesia Irajá, e a da lado norte, à freguesia de São João de Meriti. Houve na época uma disputa com Nova Iguaçu, que requeria as terras de ambas as margens do rio Pavuna, mas o Rio de Janeiro ganhou, fixando-se então o limite no divisor histórico das freguesias, o referido Rio Pavuna.

Nas terras do antigo Engenho N. Sra. da Conceição, entre as décadas de 1940 e 1950, foi feito o loteamento da “Vila Dom Pedro II”, resultando nas atuais ruas Mercúrio, Apolo, Catão, Juno, dentre outras, e gerando o núcleo urbano da Pavuna. Na década de 1930 já tinha sido implantado o loteamento do lado oeste da ferrovia, com as ruas Comendador Guerra, Judite Guerra, Albertina Guerra, a praça N. Sra. das Dores etc.

O acesso original da Pavuna era o caminho ou estrada da Pavuna, depois transformada na avenida Automóvel Clube (atual Pastor Martin Luther King Jr.). Ligava-se à Anchieta pelo caminho do Engenho Velho, depois rio do Pau, atual avenida Crisóstomo Pimentel de Oliveira. Com a inauguração da rodovia Presidente Dutra, em 1951, ganhou área industrial ao longo da rodovia, limitada pela avenida Coronel Phidias Távora e a “Linha Verde”.

Na década de 1970, grande conjunto habitacional foi erguido entre a avenida Automóvel Clube, o morro da Conceição e a rua Herculano Pinheiro, denominado de “Nova Pavuna”. Posteriormente, foi implantado o conjunto “Vilage Pavuna”, abrangendo área entre a linha auxiliar e a rua Coronel Moreira César.

Com a abertura da Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil, depois Linha Auxiliar, foi inaugurada a estação da Pavuna, em 1910, fazendo parte de um “Ramal Circular” que incluía Thomasinho, São Mateus e São João de Meriti. Com a extinção desse ramal, em 1949, foi construída a nova estação, localizada no ramal que ligava os trens metropolitanos de Dom Pedro II a Belford Roxo.

No antigo leito da Estrada de Ferro Rio D’Ouro, a Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro-Metrô, implantou a sua Linha 2, onde foi implantada a estação da Pavuna, inaugurada em 31 de agosto de 1998, o que facilitou o acesso dos moradores da Baixada ao Centro e à Zona Sul do Rio de Janeiro. Também faz parte da Linha 2 a estação Engenheiro Rubens Paiva, inaugurada em 24 de setembro de 1998, próxima aos conjuntos habitacionais Rubens Paiva e Presidente Medici.

O Centro Comercial da Pavuna é interligado com o vizinho de São João de Meriti, no eixo da avenida Pastor Martin Luther King Jr. (Automóvel Clube). Predominam no bairro as áreas residenciais, destacando-se comunidades como a Final Feliz e Bairro da Pedreira (limite em Costa Barros). Entre a Linha Verde, a rodovia Presidente Dutra e o canal da Pavuna, fica a Zona Industrial da Pavuna.

Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280 de 23 de agosto de 1985 e pela Lei Nº 1787 de 23 de abril de 1999 que cria o Bairro de Parque Columbia.

Pechincha

No antigo caminho da Freguesia (atual avenida Geremário Dantas), no encontro das estradas do Tindiba e do Pau Ferro, surgiu, no início do século XX, uma localidade cujo nome popular era “Pechincha”. A denominação se referia a um mercado no qual se vendiam os produtos dos sitiantes da região, por um negociante “Pechincheiro”, que, por seus baixos preços, concorria com o comércio da Freguesia e Taquara. Em 1885, seus moradores passaram a ser sepultados em um cemitério novo, sob a invocação do Bom Jesus dos Perdões, com acesso pelo Caminho de Cima (atual rua Benevente), o atual Cemitério de Jacarepaguá.

Por iniciativa de Leopoldo Fróes, foi fundada, em 19 de agosto de 1918, a “Casa dos Artistas”. Logo após foi doado um grande terreno na rua Campos das Flores (atual rua Retiro dos Artistas), onde, em 1919, foi instalado o Retiro dos Artistas. Notabilizando-se pela defesa dos interesses da classe artística, a Casa recebeu, em 1931, no governo Getúlio Vargas, sua Carta Sindical, tornando-se o representante oficial dos artistas. Nela fica o Teatro Iracema de Alencar e são realizadas festas e eventos em prol da classe artística, além de servir de residência para os mais idosos. Nesses anos de atuação, a Casa escreveu uma expressiva história artística, social e assistencial, sendo considerada uma instituição de caráter único do Brasil.

Destacam-se no bairro o Educandário São José das Servas de Maria, localizado na estrada do Capenha, o Colégio Nossa Senhora Rainha dos Corações, na avenida Geremário Dantas, o Colégio Cruzeiro e a Sociedade Beneficiente Retiro Humboldt, na rua Edgar Werneck.

O Pechincha possui expressiva área verde na rua Retiro dos Artistas e na antiga Sede Campestre José Duarte Dias, onde está sendo construído grande condomínio residencial que inclui um parque e um clube: o empreendimento “Mirante Campestre”.

O bairro é predominantemente residencial, com comércio concentrado no Largo do Pechincha. Além das vilas e condomínios fechados ao longo das ruas Retiro dos Artistas e Professor Henrique Costa, o bairro abriga as comunidades Paço do Lumiar, Vila Nossa Senhora da Paz e Santa Isabel. Sua elevação principal é o morro do Barro Vermelho (176 metros), no limite com o bairro do Tanque.

Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280 de 23 de agosto de 1985.

sexta-feira, 26 de março de 2010

DICAS PARA CONFERIR NESTE FIM DE SEMANA

DESTAQUES: Sexta-Feira.Tia Surica no Centro Cultural Light. O projeto Botequim da Rua Larga apresenta Tia Surica interpretando sucessos da Portela e de autores como Monarco, Chico Santana, Aniceto e Casquinha. A direção artística é de Haroldo Costa. O ingresso é baratinho: R$ 5.Centro Cultural Light. Avenida Marechal Floriano, 168 – Centro – 18h30 – Informações: 2211-7295. (Fonte: www.bafafa.com.br)

Sábado e Domingo: Martinho da Vila e Maíra Freitas na Sala Cecília Meireles. Martinho da Vila apresenta recital pop clássico em dueto com a filha, a pianista Maíra Freitas. No repertório, obras de Chopin, Pixinguinha, Villa-Lobos, Jacob do Bandolim, Noel Rosa e do próprio Martinho.Sábado 27/03 e domingo 28/03. Sala Cecília Meireles, 47 – Lapa – 19h (sábado) e 17h (domingo) – Ingresso: R$ 40 (estudantes e idosos pagam meia). (Fonte: www.bafafa.com.br)

E MAIS ...

Sexta-Feira: Samba, Choro e MPB na Praia Vermelha. Comemorando 11 anos, a roda de samba do Movimento Artístico e Cultural anima a Praia Vermelha na Urca. (Fonte: www.bafafa.com.br/). Com chuva não "rola".

Sexta-Feira: Swingueira no Modern Sound. Toda harmonia e balanço da música popular brasileira podem ser encontrados no repertório deste quarteto que toca o fino do samba jazz, bossa nova e gêneros afins. Para relembrar e matar saudades do “Beco das Garrafas”. É formado pelo baixista José Luiz Maia, o pianista Fernando Merlino, o baterista Ricardo Costa e o saxofonista e flautista Tino Jr. Rua Barata Ribeiro, 502 – Copacabana – 17h – Entrada Franca.(Fonte: www.bafafa.com.br/

Sexta-Feira: Pagode da Arruda na Pedra do Sal. O grupo Pogode da Arruda toca sambas memoráveis de compositores como Donga, João da Baiana, Pixinguinha, Zé Kéti, João Nogueira, Noel Rosa e Jovelina, entre outros. Pedra do Sal (perto do Largo São Francisco da Prainha) - Praça Mauá - 20h - Entrada Franca. (Fonte: www.bafafa.com.br)

Sexta-Feira: Pagode do Delano e Grupo Tá Faltando 1 no Macedo's Bar, Riua Real Grandeza, 308, às 20h. O pagode trafega pelo que há de melhor no samba e na MPB e quem chega dá uma canja, pois sempre "Tá Faltando 1".

Sexta-Feira;: Roda dos Embaixadores da Folia no Bar Vaca Atolada. O novo Quartel General do Bloco tem roda de samba todas as sextas-feiras. O Vaca Atolada é um botequim bem transado, com petiscos deliciosos e cachaças variadas. Rua Gomes Freire, 533 - Lapa - 16h até o último cliente. Entrada Franca

Sexta-Feira:: "Simone Lial e Mulato Velho no Trapiche Gamboa" hoje.Simone diz, "Salve moçada! Esperamos vocês por lá! beijão!!!".Local: Rua Sacadura Cabral, 155 - Gamboa

Sexta-Feira: Projeto Santa Luzia com Moyses Marques Já é um espaço consagrado e se situa entre oas melhores rodas do Rio.. Nesta sexta , a atração é o cantor Moyses Marques. Ingressos: R$ 15 (homemO e R$ 12 (mulher). Início da música: 22hs. Clube Santa Luzia, Av. Almirante Sílvio Noronha, 300 (ao lado do estacionamento do Aeroporto Santos Dumont e do MAM). (Fonte: www.bafafa.com.br)

Sábado: Chorinho da Feira da General Glicério (Laranjeiras). É uma reunião de músicos realizada há muitos anos, freqüentada basicamente por moradores do bairro, que lá se encontram, entre uma esticada ou outra na feira, para ouvir uma boa música brasileira, tomar uma cerveja ou uns drinks na barraca do Luizinho, saborear o já famoso bolinho de bacalhau e jogar conversa fora. Começa por volta de meio dia e acaba a hora que os músicos decidem, mas em geral não passa das 14h. É ao ar livre, portanto, quando chove nada acontece. A Rua General Glicério é uma transversal que fica a altura do nº 430 da Rua das Laranjeiras. Com chuva não funciona.

Sábado: Roda de Choro no Bandolim de Ouro. A roda de choro na loja de instrumentos Bandolim de Ouro, no Centro do Rio, acontece todos os sábados. Os músicos vão chegando e tocando clássicos de Pixinguinha, Waldir Azevedo, Ernesto Nazareth, entre outros. Av. Marechal Floriano, 52 (entre a Rua Uruguaiana e Av. Passos). De 9h até 12h:15m. (Fonte: www.bafafa.com.br/)

Sábado: Feijoada da Tia Surica no Teatro Rival. Sempre no último sábado do mês, o encontro etílico-gastronômico-musical recebe ainda convidados especiais do samba. Neste sábado é Serjão Loroza.Teatro Rival Petrobras.Rua Álvaro Alvim, 33/37 – Cinelândia - 13h às 17h30 – Ingresso: R$ 35.

Sábado: Roda Encontro de Bambas no Clube Renascença. A roda é comandada por Renato Milagres e já virou tradição. A produção é de Carlinhos Doutor e de Mico (irmão do Zéca Pagodinho). Rua Barão do São Francisco, 54 - Andaraí, 17h.. Ingresso: R$ 10. Informações: 99285283.

Sábado: Grupo Ta Faltando 1 no Espaço OX. Avenida Atlântica, Ql 09 e Ql 10 - Leme – RJ (Quiosques em frente ao supermercado Zona Sul Leme). A partir das 17h
Informações: (21) 3435-1055 / 2275-7244

Sábado: Batuque no Coreto na Praça São Salvador. O interessante é que os músicos vão chegando e aumentando a roda. O público é essencialmente jovem e integrante da oficina Maracatu Brasil.Praça São Salvador - Flamengo - 18h - Entrada Franca. (Fonte: www.bafafa.com.br)

Sábado: Elza Soares no Canecão. A cantora faz o show “Operária Brasileira”. O público vai poder cantar sucessos como “Adeus”, “América”, “Eu Quero um Samba” e “Bebete Vãobora”.Canecão. Avenida Venceslau Brás, 215 – Botafogo – 22h – Ingressos: de R$ 60 a R$ 100.Informações: 2105-2000. (Fonte: www.bafafa.com.br)

Sábado: Terreiro de Breque no Bar Vaca Atolada. O Terreiro de Breque é uma confraria de boêmios inveterados, reunidos para tocar e cantar o samba, especialmente em seus matizes menos explorados, como o samba de terreiro, o samba-de-breque e o sincopado.Bar Vaca Atolada. Rua Gomes Freire, 533 - Centro - 20h - Entrada Franca.

Sábado: Orquestra Republicana no Clube dos Democráticos.O repertório da Orquestra Republicana vai do samba ao choro, comandado por Marcelo Bernardes, saxofonista de Chico Buarque. No repertório, Pixinguinha, Aldir Blanc, Jackson do Pandeiro, Ernesto Nazareth, Waldir Azevedo, Zeca Pagodinho, Jacob do Bandolim, Chico Buarque, Noel Rosa, Cartola, Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Geraldo Pereira, além de composições próprias. Nos intervalos o DJ Cafú toca MPB, samba, choro e samba.Rua Riachuelo, 91 – Lapa – 23h30 – Ingressos: R$ 18 (inteira), R$ 15 (estudante) e R$ 13 (mulher)..Informações e reservas: 9644-1713. (Fonte:www.bafafa.com.br)

Domingo: Canto Gregoriano do Mosteiro de São Bento - Na missa dominical, o tradicional canto gregoriano é executado pelo Coro de Monges do Mosteiro. É um espetáculo bastante concorrido e começa às 10h, por isso é aconselhável chegar com alguma antecedência. O endereço é Rua Dom Gerardo, 68 ou pelo 48 (quem vier a pé) - Centro. A entrada é franca. (Fonte www.bafafa.com.br/)

Domingo: Música na Praça São Salvador (bairro de Laranjeiras). Lá se ouve o melhor do choro e da MPB, com o grupo "Arruma o meu coreto" (uma pilhéria com o bloco carnavalesco do local chamado "Bagunça o meu Coreto"), na sua maioria integrado por alunos da Escola Portátil de Musica, num ambiente que comporta todas as idades. Para crianças, há lugar para brincar e correr, e para os marmanjos o local é cercado de bares com cardápios variados, chope, cerveja e os famosos drinks da barraca do Luizinho. Vai das 11h às 13h:30 e ao final rola uma roda de samba informal. É diversão garantida para a tarde de domingo, desde que não chova.

Domingo: Wilson Moreira na Feijoada do Candongueiro. A feijoada do Candongueiro terá roda de samba comandada por Wilson Moreira, autor de sucessos como "Senhora Liberdade", "Goiabada Cascão" e "Judia de Mim". Wilson é fundador do Candongueiro em 1990. Candongueiro. Estrada Velha de Maricá, 1554 – Rio do Ouro – Niterói - 13h – R$ 20 (estudantes e os 300 primeiros pagantes).Informações: 2616-1239 (Fonte:www.bafafa.com.br)

Domingo: Batuque na Cozinha e Marquinhos de Oswaldo Cruz na C. Rosa. O grupo Batuque na Cozinha faz as honras do Projeto Raízes – roda de samba com feijoada da Casa Rosa. O convidado será Marquinhos de Oswaldo Cruz, idealizador do Trem do Samba.Casa Rosa Cultural. Rua Alice, 550 – Laranjeiras – 17h – Ingressos: R$ 25 (com feijoada até 21h), R$ 10 (sem feijoada até 19h).Informações: 2557-2562

Domingo: Pagode da Tia Doca em Madureira.O Pagode da Família Tia Doca, tradicional roda de mesa e samba de raiz, foi criado há mais de trinta anos pela pastora da Velha Guarda da Portela. Sempre tem convidados especiais.Domingos.Centro Cultural Tia Doca.Rua João Vicente , 219 - Madureira - 18h - Ingresso: R$ 12. Informações: 3252-7861. (Fonte: www.bafafa.com.br)

Domingo: Roda de Samba do Cacique de Ramos. O tradicional Bloco Cacique de Ramos há anos realiza essa roda de samba, onde sempre aparecem por lá os irmãos Bira e Ubirany, fundadores do bloco e integrantes do premiado Grupo Fundo de Quintal. Comandada por Renatinho Partideiro, temido versador. Dessa roda despontaram inúmeros sambistas, como o Almir Guinteto, os falecidos Neocy e Luiz Carlos da Vila, Sereno (também integrante do Grupo Fundo de Quintal), Arlindo Cruz, Sombrinha, Jorge Aragão ... a lista é imensa! Senão chover rola e começa às 17h, na Rua Uranos, 1326 – Olaria - Infomações: 3880-8023. Entrada Franca.

Domingo: Roda de Samba no Bip Bip. Começa às 19h e acontece impreterivelmente até ás 22h, para não atrapalhar a vizinhança. Os músicos vão chegando e se incorporando. Sempre há novidades e surpresas. Av. Almirante Gonçalves, 50 – Copacabana. A entrada é franca. É um excelente programa pós-praia. (Fonte: www.bafafa.com.br/ )

Segunda-Feira. Samba do Trabalhador no Clube Renascença. O desta segunda terá uma edição especial. Será uma homenagem ao Dia Nacional do Samba, e, também, a diversos cantores e compositores que frequentaram a roda ao longo do ano e, mesmo lançando seus cd´s, tiveram dificuldade de divulgá-los em jornais e televisão, bem como, não conseguiram ver suas músicas executadas nas rádios.Assim, a roda comandada por Moacyr Luz contará com a presença de Dunga, Efson, João Martins, Dorina, Toninho Geraes e Moyseis Marques. Rua Barão de São Francisco, 54 - Andaraí.Os preços do ingresso continuam os mesmos (R$ 5 e R$ 10) e o horário também (16 horas). (Fonte: Agenda do Samba & Choro)

Segunda-Feira: Roda de Samba na Pedra do Sal. Junto à escadaria talhada na rocha, o grupo Batuque na Cozinha comanda roda de samba toda segunda-feira. O som é acústico e sempre há músicos convidados. O local é carregado de história. Tem esse nome porque o sal era descarregado no porto ao lado e virou ponto de encontro de sambistas estivadores. No Largo João da Baiana nasceu o samba nas mãos de Donga, João da Baiana, Pixinguinha. Detalhe: a roda começa (19h) e termina cedo. É um programa tipo happy hour.Botequim Adega do Sal. Rua Argemiro Bulcão, 38 - Largo João da Baiana – Gamboa – 19h30 até 22h.Informações: 2518-5083 (Fonte: www.bafafa.com.br)

quinta-feira, 25 de março de 2010

ENTREVISTA COM SAMUEL PINHEIRO GUIMARÃES

Samuel Pinheiro Guimarães: ”Quem invadiu o Iraque não tem moral para cobrar o Irã”
25 março 2010 Sem Comentários

Ex-número 2 do Itamaraty e sucessor do ministro Mangabeira Unger na Secretaria de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães (foto) ataca “potências nucleares que não cumprem o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP)”, mas exigem de países desarmados, como Brasil e Irã, “o estrito respeito de suas obrigações”. A dois meses de duas grandes cúpulas sobre a questão nuclear, uma em Washington, outra em Nova York, o ideólogo da política externa do governo Luiz Inácio Lula da Silva questionou ao Estado a decisão brasileira de aderir ao TNP, em 1998, e afirmou que nem um compromisso dos poderosos em reduzir significativamente seus arsenais poderá fazer o Brasil assinar o chamado “protocolo adicional” do tratado. Guimarães coordena atualmente o esforço interministerial para conduzir o programa nuclear brasileiro. Tentando se esquivar de questões sobre política externa (“Não me ocupo mais disso”), o ministro deu sua opinião sobre a suposta “partidarização” do Itamaraty e negou acusações de envolvimento na crise hondurenha.

A entrevista é de Roberto Simon e publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, 21-03-2010.

Eis a entrevista.

Por que o Brasil não assina o protocolo adicional do TNP?

O Brasil tem a sexta maior reserva de urânio do mundo e o conhecimento completo do ciclo de enriquecimento. Nossa Constituição obriga o uso de tecnologia nuclear somente para fins pacíficos e é preciso lembrar que o TNP, do qual somos signatários, tem duas partes. De um lado, o compromisso dos países nucleares de promover seu próprio desarmamento – e completo. De outro, países não nuclearmente armados se comprometem a não desenvolver a bomba, mas têm o direito a programas para fins pacíficos, incluindo com enriquecimento de urânio. A primeira parte do TNP não foi cumprida, mas os desenvolvidos exigem dos outros o cumprimento estrito de suas obrigações.

O presidente Barack Obama prometeu cortes drásticos nos arsenais americanos. EUA e Rússia estão prestes a concluir um acordo que substituirá o START e terá reduções significativas, e nos próximos meses haverá duas cúpulas sobre o tema. Há sinais claros de desarmamento. Isso não pode mudar a posição brasileira?

Mas existe ainda outro problema, a da redução de ogivas e de aperfeiçoamento da letalidade do armamento. Deveríamos ter um protocolo adicional para países que continuam a desenvolver armamento nuclear e não cumprem suas obrigações. Quem não cumpre o TNP não tem moral para cobrar os outros. Sem contar que há países armados dos quais não se exige nada, muitos nem signatários do TNP são.

O sr. se refere a Israel?

Tire suas conclusões.

O sr. já escreveu que o “TNP é apresentado como uma vitória pacifista e progressista”, mas na verdade trata-se de “uma violência unilateral”. O sr. mantém essa visão?

Usei essa expressão “violência unilateral”? Estranho. De todo modo, o TNP visa impedir uma guerra nuclear, não apenas a “proliferação horizontal”. Não se pode partir do princípio de que são os desarmados que ameaçam a paz internacional. Isso não é lógico.

O País aderiu ao pacto sob o governo de FHC. Foi um erro?

O Brasil, já em 1998, era um dos poucos que tinha em sua Constituição a obrigação de desenvolver atividades nucleares apenas para fins pacíficos. Só se justifica nossa participação no TNP na medida em que potências nucleares reduzam e eliminem arsenais.

Mas o sr. não se arriscaria a dizer que foi um erro assinar o tratado.

Não é que não me arriscaria. Mas é preciso observar a Constituição. E qualquer tratado em que o Brasil não esteja em igualdade de condições não corresponde ao princípio de igualdade soberana entre os Estados. O TNP é um tratado desigual.

Existe, então, a possibilidade de o Brasil denunciar o tratado?

De maneira nenhuma.

O sr. disse que quem não cumpre o TNP não tem “autoridade moral” para exigir dos outros. O presidente Lula usou uma expressão semelhante para se referir ao caso iraniano, disse que as potências “não tem superioridade moral para cobrar o Irã”.

Eu concordo com o presidente. E lhe acrescento: antes da segunda guerra do Iraque (em 2003), foi propalado em todos os países que Bagdá tinha armas de destruição em massa e, por isso, seria uma ameaça internacional. Diziam que armas iraquianas destruiriam capitais europeias em segundos. O sr. Colin Powell (então secretário de Estado dos EUA) discursou com fotos no Conselho de Segurança da ONU. O Iraque foi invadido e não foi descoberta nenhuma arma de destruição em massa. Isso dá moral a alguém?

Mas o caso do Irã é muito distinto do iraquiano. Hoje sabe-se, por exemplo, que iranianos esconderam uma usina nuclear por anos na cidade de Qom. O sr. realmente acredita que Teerã negocia de boa-fé?

Não participamos diretamente das negociações. O Brasil acredita no diálogo e defende que o uso da força é improdutivo. Não podemos partir do princípio de que há países responsáveis e outros irresponsáveis. Mas não quero falar de política externa, quem se encarrega disso é o Ministério das Relações Exteriores.

Em 2001, o então chanceler Celso Lafer o destituiu do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais do Itamaraty depois que o sr. veio a público criticar a Alca. Como o sr. vê, hoje, esse episódio?

Cumpri o que achei que devia fazer. Julguei que se tratava de um momento de perigo à soberania brasileira. Por isso dei minha opinião.

Ao olhar para trás, o sr. acredita que essa posição foi correta?

Corretíssima. A adoção de um acordo como Alca – com tarifas a zero, impossibilidade de controle de fluxo de capitais, total abertura – teria levado, por exemplo, à privatização de todo sistema financeiro. Privatizariam o BNDES, Banco do Brasil, Petrobrás; instrumentos que foram de grande importância na crise financeira. Há muitos anos, um sociólogo brasileiro disse: “o Brasil não é mais um país subdesenvolvido, é um país injusto.” (A frase iniciava o plano de governo de FHC). Esse pensamento denota que podemos ter políticas econômicas de países desenvolvidos. Isso tem uma implicação horrível do ponto de vista de conhecimento da realidade.

A política externa está excessivamente partidarizada? Como o sr. vê, por exemplo, o fato de o chanceler Celso Amorim ter se filiado ao PT?

Outros chanceleres foram de partidos. Ou não? Nesse Ministério das Relações Exteriores, nenhum funcionário que exerceu cargos importantes em outros governos foi prejudicado. Basta ver onde estão servindo. Não houve perseguição.

Há ex-funcionários que fazem forte oposição, como o embaixador Rubens Barbosa.

Mas esses são aposentados. E têm todo direito de fazer oposição. Eu não tenho oposição à oposição (risos). Esse é um debate saudável e o fato de ele ter crescido reflete o próprio êxito da política externa. Não se discute tema desimportante.

O ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda afirmou que foi o sr. quem arquitetou a volta do presidente deposto Manuel Zelaya a Honduras.

Não conheço o ex-chanceler. Nunca o vi na minha vida e não tenho a menor ideia de onde ele tirou isso. Se me lembro bem do texto, ele diz algo como “isso (a volta de Zelaya) é algo que só pode ter saído da cabeça de Pinheiro Guimarães”.

E o sr. avalia que o retorno de Zelaya foi bom para Honduras?

Não falo de política externa.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A ELEIÇÃO PODE SER DECIDIDA NO 1º TURNO

Não é impossível que a Dilma ganhe no 1º turno, diz diretor do Vox Populi

Diretores dos quatro principais institutos de pesquisa do País veem cenário favorável a Dilma

SÃO PAULO - O crescimento nas pesquisas eleitorais da pré-candidata do PT à Presidência, ministra Dilma Rousseff, ante a estagnação de seu provável adversário, o governador de São Paulo José Serra (PSDB) tem impressionado os diretores dos quatro principais institutos de pesquisa do País. Márcia Cavallari, do Ibope, João Francisco Meira, do Vox Populi, Mauro Paulino, do Datafolha e Ricardo Guedes, do Sensus, estiveram reunidos em São Paulo na tarde desta segunda-feira, 22, para debater o cenário eleitoral, em evento da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas. O professor Marcus Figueiredo, do Iuperj também esteve no debate, mediado pela jornalista Cristiana Lôbo.

BLOG DO TOLEDO: Diretores de institutos de pesquisa veem Dilma favorita

Meira deu o palpite mais ousado da tarde: "não é impossível imaginar que a Dilma ganhe a eleição já no primeiro turno", afirmou. Segundo ele, quando há candidatos carismáticos, a disputa se concentra mais entre as personalidades desses candidatos. Mas, para ele, nem Dilma nem Serra são carismáticos. ‘Carisma não é o nome dessa eleição’, afirmou.

Ele listou alguns fatores que, na sua avaliação, devem decidir a disputa eleitoral. O primeiro seria a economia: se estiver ruim, a tendência é de mudança - mas a economia é o principal trunfo do governo Lula. Em segundo, o aspecto ideológico - nesse caso, diz ele, 56% das pessoas se definem como sendo de esquerda e 30% como eleitores do PT.

Além disso, ele lembra o tempo de TV como decisivo - e a construção das alianças deve garantir um tempo maior à candidata governista. Por último ele cita algum acidente, debate ou fato inesperado que possa alterar a opinião dos eleitores.

Sua avaliação é parecida com a de Ricardo Guedes, do Sensus. Segundo ele, "Dilma tem produto para mostrar, a economia. O Serra não tem. Hoje a tendência é muito mais pró-Dilma".

Cautela

Já Márcia Cavallari, do Ibope, e Mauro Paulino, do Datafolha, adotaram um pouco mais de cautela em suas exposições, embora tenham admitido cenário favorável à Dilma. Os dois usaram a mesma expressão para definir o caso: "pesquisa é diagnóstico, não prognóstico".

"O comportamento do eleitor não é matemático. A campanha ainda tem muita coisa para acontecer. O que a gente sabe é que o eleitor se sente muito confortável de ter votado no Lula e agora fazer essa avaliação de que acertou. Ele pensa: 'Acertei, e o País está tendo avanços'. O eleitor considera que os avanços foram muito mais profundos no governo Lula. A comparação com o governo FHC é prejudicial para o Serra", afirmou a diretora do Ibope.

De acordo com Márcia, um terço está com Serra, um terço está com Dilma e um terço que vai decidir a eleição. Reservadamente, porém, ela destacou que não só a Dilma está crescendo, como há tendência de queda de Serra, ainda que dentro da margem de erro.

Já Paulino lembrou que na pesquisa Datafolha de dezembro de 2009, 15% dos eleitores não sabiam que a Dilma era a candidata do Lula, mas queriam votar na candidata do Lula. "E o que nós observamos em fevereiro, é que ainda há margem de crescimento para Dilma", afirmou.

Segundo ele, a dúvida é saber se Dilma vai transmitir ao eleitorado que tem a mesma capacidade de administração que o Lula tem."O eleitor vai poder comparar Serra com Dilma, Dilma com Lula".

Paulino ainda defendeu que os institutos divulguem sempre sua base de dados, sua metodologia. "A pesquisa não faz prognóstico, mostra o que acontece naquele dia. Na pesquisa de véspera, [Paulo] Maluf ainda estava na frente da [Luíza] Erundina [na eleição para a prefeitura de São Paulo, em 1988, vencida por Erundina]. Deixar de iludir quem consome pesquisa: a gente faz diagnóstico", afirmou.

Já o professor Marcus Figueiredo, do Instituto Universitário do Rio de Janeiro (Iuperj), também presente ao debate, previu um repeteco de 2002, caso o deputado federal Ciro Gomes (PSB) continue na disputa, com o cearense brigando com Serra. Para Figueiredo, "Serra e Dilma são igualmente antipáticos e igualmente feios. Ideologicamente estão muito próximos. O projeto deverá ser exatamente o mesmo".

Erros em pesquisa

Meira foi questionado também pelo fato de o Vox Populi ter apontado, em 2006, vitória de Paulo Souto (então PFL) no primeiro turno, contra o petista Jaques Wagner, que acabou vencendo as eleições em segundo turno. "Às vezes você erra. Só que você nunca ouve um médico dizendo qual a margem de erro de uma operação de apendicite. O pessoal respondia que queria Paulo Souto, mas já estava pensando em mudar de ideia. Mas eu não estava perguntando para ele se ele queria mudar de ideia", justificou.

Fonte: jornal Estado de São Paulo

terça-feira, 23 de março de 2010

SERRA E A AVERSÃO A POLÍTICA PAULISTA

O voto antipaulista

Por Maria Inês Nassif

A elite paulista vai levar outra surra, como em 32?
Abaixo, a análise arguta de Maria Inês Nassif, sobre um dos desafios de Serra. O artigo foi publicado originalmente no jornal “Valor”.
A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está longe de ser o único dos problemas do quase candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. Paulista e governador do Estado mais rico da Federação, Serra carregará o carimbo de origem para os palanques nas outras unidades federativas no momento em que a aversão à política paulista se generaliza.

Lula obteve o seu segundo mandato, em 2006, com uma consagradora votação no Norte e no Nordeste e com uma ínfima diferença sobre o seu adversário, Geraldo Alckmin (PSDB), no Estado de São Paulo. É também o objeto da aversão da elite política e social paulista, alimentada pelo partido hegemônico no Estado, o PSDB. Esse afastamento da política paulista, por si, o livra do estigma de estar ligado ao Estado mais rico da Federação. A sensibilidade para o momento antipaulista da política nacional o conduziu a uma candidata, a ministra Dilma Rousseff, nascida em Minas e que viveu boa parte de sua vida adulta no Rio Grande do Sul. Serra, ao contrário, é o mais importante representante do reduto tucano paulista. É o herdeiro político do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 e 1999-2002), cujos governos tiveram inconteste hegemonia da política e dos setores econômicos do Estado.

Uma das lógicas de Lula, ao escolher a sua candidata, é a de tirar a sucessão do circuito de poder do PT paulista. PSDB e PT de São Paulo dividem não apenas as antipatias dos políticos de outros Estados, mas do eleitorado não paulista. A candidatura de um político recém-saído do governo do Estado mais rico da Federação vai na contramão dessa lógica. São duas apostas diferentes.

Em Minas, o sentimento antipaulista do eleitor foi alimentado por um governador que até o fim do ano passado disputou com Serra a preferência de seu partido como candidato a presidente da República. O discurso de Aécio Neves, que tem popularidade imbatível em seu Estado, é carregado de forte regionalismo; a mídia mineira é coesa em torno do seu governador e amplifica não apenas a ideia de mineiridade, mas a de que o poder político-econômico paulista é indevido. Na hora em que saiu da disputa, deixando o campo aberto para Serra, Aécio já tinha montado, em Minas, um cenário francamente contrário a uma candidatura paulista. Aliás, um trabalho de continuidade do governo anterior, de Itamar Franco, que levou essa pregação ao extremo. Mesmo que Aécio não mova um dedo contra Serra durante o processo eleitoral, e até faça uns discursinhos a favor, dificilmente o governador conseguirá desfazer o que está feito: o ambiente em Minas é francamente contra São Paulo. E Serra é a configuração da hegemonia política desse Estado sobre os demais. No mínimo, o candidato paulista do PSDB vai ter um grande trabalho para reverter essa situação.

Esse não é um prejuízo desprezível. Segundo a contabilidade de um aliado, dono de uma afiada análise político-eleitoral, tomada a base eleitoral da qual partem os candidatos à sucessão de Lula, Minas não apenas é fundamental, mas os votos dos mineiros são definitivos.

A conta que é feita nos bastidores dos partidos oposicionistas transfere para Minas Gerais a decisão sobre as eleições presidenciais. Num cálculo mais ligeiro, a explicação é a seguinte: no Norte e no Nordeste, onde Lula tem uma popularidade próxima a 90%, imagina-se que, mesmo se não fizer uma transferência completa de votos para Dilma, ela será amplamente vitoriosa; no Sul e no Sudeste, exceto Minas, imagina-se que Serra seja o mais votado, neutralizando o favoritismo de Dilma no outro extremo do país. O Centro-Oeste é neutro nessa conta. No fim, os eleitores de Minas – que representam cerca de 10% do eleitorado nacional – acabam definindo o pleito.

Trabalhar esse sentimento antipaulista sem renegar os governos de Fernando Henrique Cardoso será um desafio para o marketing de campanha de Serra. E isso terá de chegar, quase que sem intermediários, no eleitorado dos Estados fora do circuito do Sul-Sudeste (o raciocínio exclui Minas). Nos Estados onde Lula tem grande popularidade, o candidato tucano tem dificuldade de montar palanques.

Um movimento eleitoral de aversão a um grupo hegemônico é um indicador poderoso de um fim de ciclo. Não raro, os movimentos de contestação a hegemonias políticas precedem o fim propriamente dito de uma hegemonia econômica. No período anterior à ditadura militar, o poder político de São Paulo e o econômico estavam dissociados pelo poder autoritário; no período seguinte, eles se encontraram. Nos governos de Fernando Henrique Cardoso, a concentração dos poderes político e econômico do Estado atingiu o seu auge. Nos primeiros anos do governo tucano, o Estado, que era hegemônico econômica e financeiramente, esteve plenamente representado na política e dominou o aparelho do Estado com quadros originários de suas universidades, bancos, setor agropecuário e indústria. Os demais Estados e regiões, esvaziados por uma política tradicional que sobreviveu à ditadura e por uma grande concentração de renda que os excluía dos benefícios do projeto de modernização do governo Fernando Henrique, foram coadjuvantes de um projeto de poder onde sobreviviam meramente das práticas clientelistas. Foi o auge do poder paulista.

Esse poder, ao que tudo indica, não sobreviveu a um período em que ocorreu um movimento mais forte de desconcentração, não apenas decorrente da distribuição de renda a indivíduos, via programas de transferência, mas da descentralização do investimento público. Um projeto de desenvolvimento menos regionalizado vem corroendo a sólida hegemonia que comandou o país pós-Real e foi incontestavelmente dominante até o início do segundo mandato de Lula. O país vive esse período de transição, com todos os ressentimentos dos que perderam no período anterior embutidos na conta a ser paga pelo grupo ainda hegemônico.

Fonte: Site do Jornal Página 13

O FALSO MORALISMO TUCANO E MIDIÁTICO

Tucanos e mídia desviam recursos públicos

Sem maior alarde, o Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) acaba de descobrir que três governos tucanos (São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul), além de um apêndice dos demos (Distrito Federal), desviaram recursos do SUS para o mercado financeiro nos últimos quatro anos. O desfalque serviu para incrementar os programas estaduais de ajuste fiscal, como manda a cartilha neoliberal do “choque de gestão”, em detrimento do atendimento à saúde de uma população estimada em 74,8 milhões de habitantes.

Numa excelente reportagem na revista Carta Capital, o jornalista Leandro Fortes denunciou este esquema criminoso. “Ao todo, o prejuízo gerado aos sistemas de saúde desses estados passa de 6,5 bilhões de reais, sem falar nas conseqüências para os seus usuários, justamente os brasileiros mais pobres”, revela. As auditorias do Denasus, feitas nos 26 estados e no DF, foram iniciadas em março de 2009 e entregues ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, em janeiro último. A intenção era saber quanto cada estado recebeu do SUS e o que fez com os recursos federais.

Ética do PPS foi para o esgoto

O primeiro caso de desvio foi descoberto no Distrito Federal. O ex-secretário da Saúde, Augusto Carvalho, expoente do PPS que se jactava de paladino da ética, “aplicou tudo em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs). Em março do ano passado, a aplicação somava 238,4 milhões de reais. Parte do dinheiro, segundo investiga o Ministério Público Federal, pode ter sido usada no megaesquema de corrupção que resultou no afastamento e na prisão do governador José Roberto Arruda”. Será difícil o partido de Augusto Carvalho e Roberto Freire voltar a falar em ética.

Já nos governos tucanos de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, os auditores tiveram dificuldades para vasculhar as suas contas. Badalados pela mídia como “gestores modernos”, que zelam pela “transparência nas contas púbicas” eles fizeram de tudo para sabotar a investigação. O Denasus precisou recorrer ao Ministério Público Federal para descobrir que a governadora Yeda Crusius, entrincheirada na sua mansão sob suspeita de corrupção, reteve 164,7 milhões de recursos do SUS em aplicações financeiras até junho de 2009. Afetado atualmente por um surto de dengue, o estado aplicou apenas 0,29% dos seus recursos na vigilância sanitária. Um crime!

Discurso de Serra desmontado

“Com exceção do DF, a maior parte do recurso retido em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul diz respeito às áreas de vigilância epidemiológica e sanitária, ai incluído os programas de combate à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Mas também há dinheiro do SUS no mercado financeiro desses três estados que deveria ter sido utilizado em programas de gestão à saúde e capacitação de profissionais do setor”, denuncia Leandro Fortes.

A investigação complica ainda mais a vida de José Serra. “No caso de São Paulo, a descoberta dos auditores desmonta um discurso muito caro ao governador, virtual candidato do PSDB à Presidência, que costuma vender a imagem de ter sido o mais pródigo dos ministros da Saúde do país, cargo ocupado por ele entre 1998/2000, durante o governo Fernando Henrique Cardoso”, aponta Leandro Fortes. Pelos cálculos do Denasus, apenas em 2007, José Serra deixou de aplicar na saúde R$ 1,1 bilhão. Apesar disto, o Tribunal de Contas do Estado aprovou as suas contas.

Mídia é devedora da Previdência Social

Apesar da gravidade dos fatos denunciados pela Carta Capital, a mídia demotucana tem evitado tratar do assunto. O seu “espírito investigativo” não funciona quando se trata de apurar os crimes da oposição neoliberal-conservadora, principalmente quando afetam o blindado José Serra. Mas, além das razões político-eleitoreiras, o silêncio da mídia tem outros motivos escusos. Ela mesma procura tirar vantagens econômicas do desmonte do setor público. A defesa do “estado mínimo” e contra a “gastança pública” tem também objetivos funcionais, de expropriação explícita.

O sítio Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, denunciou recentemente que os principais veículos de comunicação desfalcam a Previdência Social. Os demo-tucanos roubam a saúde e os barões da mídia roubam os aposentados e os pensionistas. “E depois eles reclamam do déficit da previdência”, ironiza Amorim. Os dados enviados ao blogueiro são bombásticos:

- A Infoglobo Comunicações, empresa das Organizações Globo, tem nove processos por dívidas com a Previdência Social, totalizando R$ 17.664.500,51;

- A Editora Abril deve R$ 1.169.560,41;

- A Rádio e Televisão Bandeirantes tem sete processos, totalizando R$ 2.646.664,15, sendo que três deles são de “Pedido de Penhora e/ou Reforço de Penhora”;

- A Folha de S.Paulo tem quinze processos e deve à Previdência Social R$ R$ 3.740.776,10;

- O Estado de S.Paulo tem dois processos e deve R$ 2.078.955,87;

- A Editora Globo tem dois processos e deve R$ 2.078.955,87.

.Fonte: Blog do Miro

segunda-feira, 22 de março de 2010

UM POUCO DA HISTÓRIA DOS BAIRROS DO RIO


Este blog, após um interregno, prossegue com a publicação, por ordem alfabética, do resumo da história dos 159 bairros existentes na cidade do Rio de Janeiro, segundo levantamento realizado pelo Instituto Pereira Passos, vinculado à Prefeitura do Rio e à Secretaria Municipal de Urbanismo. Da última postagem foram os bairros de Oswaldo Cruz, Paciência e Padre Miguel, nesta destacaremos os bairros de Paquetá, Parada de Lucas e Parque Anchieta.

Paquetá

Paquetá, a “Ilha dos Amores”, foi descoberta por André Thevet, cartógrafo de Villegagnon, no dia 18/12/1556, na invasão francesa no Rio de Janeiro. Paquetá, nome dado pelos Tamoios, vem de Pac (paca) + eta (muitas), significando “lugar de muitas pacas”. Nas águas da Ilha, os portugueses e os Temininós, grupo de Araribóia, sob o comando de Belchior de Azeredo, derrotaram, em 1566, os Tamoios na longa da Batalha de Canoas. Fernão Valdez, nesse mesmo ano, a escolheu como sesmaria, que dividiu com Inácio de Bulhões.

Em 1697, Paquetá já dispunha da Capela de São Roque, do Padre Manuel Espinha e, em 1758, da Capela de Bom Jesus do Monte, erguida por Manuel Cardoso Ramos que mais tarde se constituíram em freguesias e rivais. A Freguesia de Paquetá foi criada por provisão de 1769, fazendo parte das Vilas de Magé e São Gonçalo. Por decreto, de 1833, a freguesia foi desmembrada, fazendo parte do Município da Corte (Rio). Dom João VI sempre visitava a Ilha e se hospeda na casa do Oficial de Milícias Francisco Gonçalves da Fonseca, depois transformada no museu Solar D”El-Rey. Em Paquetá moraram, entre outros, José Bonifácio, colocado em prisão domiciliar, o Marquês de Tamandaré, o Comendador Lage e a Marquesa de Jacarepaguá e o pintor, escultor e paisagista Pedro Bruno.

São da autoria deste último: o planejamento artístico e paisagístico do Cemitério de Paquetá, que transformou em verdadeiro jardim e onde plantou uma série de espécimes de plantas nativas e esculpiu diversas obras de arte, elaborou o projeto e executou o Parque dos Tamoios, com seus jardins e caramanchões, a Capela do Cemitério e muitas outras obras. A Ilha também serviu de inspiração ao romancista Joaquim Manuel de Macedo, que escreveu a “Moreninha”, tendo como cenário a “Pedra da Moreninha”. Durante a Revolta da Armada, em 1893, a Ilha foi ocupada durante 6 meses pelos marinheiros sublevados.

De 1908 a 1912 foi instalada a rede de esgoto pela companhia inglesa City Improviments, hoje, uma companhia, a CEDAE. Atualmente, o esgoto é lançado por emissário submarino. Em 1877, foi criada linha regular de barcas, ligando Paquetá à Praça XV, pelo Comendador Antonio Lage e, em 1889, sua concessão passou para a Companhia Cantareira e Viação Fluminense, mais tarde STBG, CONERJ, atualmente, privatizada (Barcas S.A.).

Paquetá é residencial, sendo proibido o tráfego de veículos particulares motorizados. A circulação interna é feita a pé, em bicicletas, charretes e trenzinho turístico. Durante o governo do Prefeito Marcos Tamoio (1975/79), foram feitos o aterro da Praia da Moreninha e os Parques da Moreninha e Darke de Matos.

Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985.

Parada de Lucas

O nome se refere a José Lucas de Almeida, um próspero agricultor, com lavoura entre Cordovil e Vigário Geral, que morreu aos 94 anos de idade. Nas suas terras, quando da implantação da Estrada de Ferro Leopoldina (antiga Estrada de Ferro Norte), José Lucas doou local para uma parada de trens, que, em 1949, tornou-se a estação Parada de Lucas.

Naquela época, só existia um lugar onde obter água potável: eram as “três bicas”, e os moradores atravessavam a avenida Brasil para utilizá-las.

No governo Washington Luiz, o bairro foi cruzado pela antiga estrada Rio-Petrópolis, correspondendo à atual rua Bulhões Marcial. Ao longo da Avenida Brasil, construída em 1946, foram instaladas indústrias, como o Parque Gráfico da antiga Editora Bloch, e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No bairro de Parada de Lucas fica a Paróquia de São Sebastião de Parada de Lucas, originada de uma capelinha de madeira erguida em 1937 e que seria substituída, em 1940, por uma capela de alvenaria, que teve, mais tarde, em 1958, o acréscimo de uma Torre do Campanário.

A principal agremiação carnavalesca é o GRES Unidos de Lucas, resultante da fusão das Escolas de Samba “Aprendizes de Lucas” e “Unidos da Capela” (Campeã em 1950 e 1960), ocorrida em 1966, sendo chamada de “A Galo de Ouro da Leopoldina”.

Entre a linha férrea, a avenida Brasil e a Área Militar da Marinha, fica a grande comunidade do Parque Jardim Beira Mar, Parada de Lucas ou Conjunto Rádio Nacional, cuja ocupação começou em 1931 com a chegada de pessoas que moravam no morro da Caixa D’Água. A expansão se deu em 1965, com a chegada de moradores do “Morro da Titica” (atual Cidade Alta) além das pessoas afetadas pelas remoções das favelas da zona sul, o que contribuiu para a ampliação da comunidade, que aproveitava o despejo de entulhos de obras para aterrarem os alagadiços vizinhos, construindo novas moradias.

Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280 de 23 de agosto de 1985.

Parque Anchieta

Parque Anchieta é um desmembramento do bairro de Anchieta que tem como origem loteamento de 1969 (PAL 28576) compreendendo 1639 lotes, 27 ruas e 4 praças. Os logradouros receberam denominações pelo decreto 316, de 20 de fevereiro de 1976.

Predominantemente residencial, Parque Anchieta faz limites com o município de Nilópolis (do outro lado do rio Pavuna) e com a área militar do campo de Gericinó. Abrange a área do morro São Bernardo, a Praça Granito e adjacências, até a avenida Marechal Alencastro. Seu acesso principal é a estrada do Engenho Novo (antigo caminho do Engenho Novo da Piedade).

Nota: A denominação, delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985.

sábado, 20 de março de 2010

MINHA JORNALISTA PREFERIDA, MIRIAN LEITÃO

"Amigos da CBN

Confesso que durante os últimos anos aprendi muito com ela. Nãoperco seus comentários políticos e econômicos, seja na TV, na CBNe eventualmente em jornais. Presto muito atenção em suas análisesno Bom Dia Brasil, no bate-papo com o Heródoto, com o Sardemberg eoutras aparições dela na Rede Globo. Refiro-me à jornalista Miriam Leitão.

Lembro de : entre 2003 e 2006, inúmeras vezes na TV ou na CBN ela criticou o crescimento do Brasil quando comparado ao de países ricos. Afirmava que o país não poderia continuar assim.

Atônito, observei que o Brasil cresce sem parar há quase 8 anos. Criticava oalto desemprego e durante os últimos 7 anos o Brasil criou mais de11 milhões de empregos.

Lembro-me que ela era a favor da ALCA, afirmando que o Brasil estaria a reboque de outros países da América Latina que fizeram acordos comos EUA. O México é um dos países que fez acordo com os republicanos americanos tornando-se uma colônia dos EUA. Atualmente está falido e é uma republica comandada por traficantes.

Aprendi então que oBrasil agiu certo ao não aderir à ALCA. Observei durante esses últimos 7 anos que as informações da Miriam sempre me conduziram a acreditar em crises no Brasil. No final de 2008 e inicio de 2009 quando a Miriam insistiu que o Brasil estava em crise em sua economia, de novo abri os olhos: o Brasil foi o primeiro a sairda recessão. Recuperou-se vigorosamente e deve crescer em 2010 perto de 6% enquanto que a maioria dos países continua em recessão!

Ouço com atenção quando a Miriam censura o Chanceler Celso Amorim por agir como nação soberana em relação às grandes potências.Percebi que deixando de obedecer aos banqueiros internacionais tornamo-nos uma nação respeitada no mundo inteiro.

Outro dia a Miriam comentou com o Heródoto (outro jornalista com o qual aprendo muito) que o Presidente Lula é contra a emenda do PSDB que permitiria a compra de ações da Petrobras com o FGTS. Pois é! AMiriam afirmou várias vezes que o Presidente Lula é contra muitos projetos que beneficiem o povo brasileiro... Quanto mais a Miriam critica o governo, mais o Brasil torna-se o destino de investimentos internacionais.

A Miriam já criticou várias vezes os partidos da base de apoio ao governo pelas leis aprovadas em beneficio do crescimento do Brasil, mas 80% do povo apoia Lula. Aprendi que dos US$ 30 Bi de reservas no final do governo FHC, chegamos aos US$ 250 Bilhões atuais.

Lembro-me que antes de 2003 a Miriam (e os meios de comunicação) era a favor do FMI governar o Brasil. Hoje sei que o Brasil é credor do FMI. Aliás, sócio através do recém constituído Fundo Soberano.Tudo isso graças à Miriam Leitão!

Hoje de manhã mais uma informação que - tenho certeza - ensinará muito à multidão: a Miriam descobriu que existe uma crise federativa no Brasil por causa dos royalties do pré-sal e a emenda Ibsen. Fico perguntando aos meus botões se essa crise fará com que o povo do Rio de Janeiro atue contra seu governador deixando de votar nele e em Dilma. Sempre ouvi que Lula foi culpado dessas crises... Estou exultante com essa conversa de hoje de manhã com o professor Heródoto Barbeiro: a Miriam ensinou-nos que falta liderança ao nosso chefe de Estado. A ONU e os países ricos devem estar errados ao concederem tantas condecorações ao nosso comandante.

A imprensa internacional deveria aprender com nossa imprensa que Lula não tem liderança no Brasil e que os mais de 160 milhões de brasileiros apoiando Lula não sabem votar. Curioso, né?

Não quero ser injusto: aprendo também com o Merval Pereira, com o Alexandre Garcia, com o William Waack e muitos outros jornalistas dos jornalões, das Vejas. Confesso estar um pouco preocupado com a Lucia Hippólito. Outro dia ela chamou a atenção dos tucanos pela imobilidade de Serra, mas acho que é para ensinar ao brasileiro votar corretamente em outubro!

Se esses profissionais e o casal Bonner começarem a criticar o governador Serra, votarei nele para presidente...

Agradecimentos a todos!"

Arthur Peres, Florianópolis-SC

sexta-feira, 19 de março de 2010

DICAS PARA CONFERIR NESTE FIM DE SEMANA

DESTAQUES: Escravos da Mauá nesta sexta- feira. É o primeiro ensaio após o seu inesquecível desfile no domingo anterior ao carnaval, que rendeu uma iniciativa da foliã e jornalista Maria Luiza Busse, para que o bloco recebesse uma Menção Honrosa da Assembléia Legislativa do Rio, por conta do seu compromisso com a valorização da cultura popular, que está sendo providenciada. No ano passado, nem a chuva atrapalhou os seus ensaios, pois com ou sem ela vai rolar. Além da tradicional apresentação do Fabuloso Grupo Eu Canto Samba , recebe os jovens da Escola de Música da Baixada. Tudo acontece no Largo de São Francisco da Prainha, na Praça Mauá (zona portuária do Rio), das 20h às 12h. Entrada Franca.

Sábado: "Bloco Maria Vem Com As Outras". Por conta do temporal no dia 6 de março, o Bloco Maria Vem Com As Outras foi prejudicado no seu desempenho.Vai sair de novo. Nesse sábado, dia 20 de março.. Concentração: 18h na Lapa - Rua Mem de Sá, ao lado do Circo Voador..Mais infos: babibulhoes@yahoo.com.br e priscilaricampos@gmail.com.

A proposta do Bloco Maria Vem Com As Outras

"Somos um Bloco de Samba elaborado por Mulheres, da cidade do Rio de Janeiro. Nossa proposta é expressar a diversidade; a riqueza; a complexidade e o prazer de Ser o sexo feminino. Queremos potencializar nossas expressões através do samba, das vozes, do batuque, do remelexo, do batom vermelho, das roupas, da poesia da Mulher Carioca. Nosso Objetivo é Expressar e Libertar a Identidade Feminina incentivando suas características..." (Enviado por Priscila Campos)

E MAIS ...


Sexta-Feira: Samba, Choro e MPB na Praia Vermelha. Comemorando 11 anos, a roda de samba do Movimento Artístico e Cultural anima a Praia Vermelha na Urca. (Fonte: www.bafafa.com.br/). Com chuva não "rola".

Sexta-Feira: Swingueira no Modern Sound. Toda harmonia e balanço da música popular brasileira podem ser encontrados no repertório deste quarteto que toca o fino do samba jazz, bossa nova e gêneros afins. Para relembrar e matar saudades do “Beco das Garrafas”. É formado pelo baixista José Luiz Maia, o pianista Fernando Merlino, o baterista Ricardo Costa e o saxofonista e flautista Tino Jr. Rua Barata Ribeiro, 502 – Copacabana – 17h – Entrada Franca.(Fonte: www.bafafa.com.br/

Sexta-Feira: Pagode da Arruda na Pedra do Sal. O grupo Pogode da Arruda toca sambas memoráveis de compositores como Donga, João da Baiana, Pixinguinha, Zé Kéti, João Nogueira, Noel Rosa e Jovelina, entre outros. Pedra do Sal (perto do Largo São Francisco da Prainha) - Praça Mauá - 20h - Entrada Franca. (Fonte: www.bafafa.com.br)

Sexta-Feira: Pagode do Delano e Grupo Tá Faltando 1 no Macedo's Bar, Riua Real Grandeza, 308, às 20h. O pagode trafega pelo que há de melhor no samba e na MPB e quem chega dá uma canja, pois sempre "Tá Faltando 1".

Sexta-Feira: Iracema Monteiro no Sobrado do Beco.21:30h. R$ 15,00. Lista amiga a R$ 10,00 até 22:30h. Enviar e-mail com nome até 18h para listaamigairacemamonteiro@gmail.com. Sobrado do Beco. Rua Joaquim Silva, 15 - sobrado (anexo Beco do Rato). inf. 8845-7820. (Fonte: www.samba-choro.com.br)

Sexta-Feira;: Roda dos Embaixadores da Folia no Bar Vaca Atolada. O novo Quartel General do Bloco tem roda de samba todas as sextas-feiras. O Vaca Atolada é um botequim bem transado, com petiscos deliciosos e cachaças variadas. Rua Gomes Freire, 533 - Lapa - 16h até o último cliente. Entrada Franca

Sexta-Feira: Projeto Santa Luzia. Já é um espaço consagrado e se situa entre oas melhores rodas do Rio.. Ingressos: R$ 15 (homemO e R$ 12 (mulher). Início da música: 22hs. Clube Santa Luzia, Av. Almirante Sílvio Noronha, 300 (ao lado do estacionamento do Aeroporto Santos Dumont e do MAM).

Sábado: Bandão da Escola Portátil de Música na UNIRIO. Um programa realmente imperdível. Mais de 100 alunos e professores da Escola Portátil de Música tocam chorinho da melhor qualidade. O ensaio, intitulado Bandão, acontece todo sábado ao ar livre (se não chover) no pátio UNIRIO.Sábados (se não chover) Av. Pasteur, 436 (fundos) – Urca – 12h (impreterivelmente) até 13h – Entrada Franca.Informações: 2242-3597 (Fonte: www.bafafa.com.br)

Sábado: Chorinho da Feira da General Glicério (Laranjeiras). É uma reunião de músicos realizada há muitos anos, freqüentada basicamente por moradores do bairro, que lá se encontram, entre uma esticada ou outra na feira, para ouvir uma boa música brasileira, tomar uma cerveja ou uns drinks na barraca do Luizinho, saborear o já famoso bolinho de bacalhau e jogar conversa fora. Começa por volta de meio dia e acaba a hora que os músicos decidem, mas em geral não passa das 14h. É ao ar livre, portanto, quando chove nada acontece. A Rua General Glicério é uma transversal que fica a altura do nº 430 da Rua das Laranjeiras. Com chuva não funciona.


Sábado: Roda de Choro no Bandolim de Ouro. A roda de choro na loja de instrumentos Bandolim de Ouro, no Centro do Rio, acontece todos os sábados. Os músicos vão chegando e tocando clássicos de Pixinguinha, Waldir Azevedo, Ernesto Nazareth, entre outros. Av. Marechal Floriano, 52 (entre a Rua Uruguaiana e Av. Passos). De 9h até 12h:15m. (Fonte: www.bafafa.com.br/)

Sábado: Samba da Ouvidor. A formação da Roda do Ouvidor tem Thiago Prata (violão de sete cordas), Anderson Balbueno (pandeiro), Gabriel Cavalcanti (cavaquinho e voz) e Fábio Cazes (surdo e voz). Além de conhecerem bastante sobre sambas, maxixes, lundus e choros, todos, sem exceção, são pesquisadores vorazes que procuram resgatar canções inéditas do final do século 19 e início do 20, compostas por músicos de primeira linha, mas condenados ao esquecimento.No primeiro e terceiro sábados do mês. Rua do Ouvidor com Rua do Mercado – 14h – Entrada Franca. Informações: http://www.sambadaouvidor.blogspot.com/ (Fonte: www.bafafa.com.br)

Sábado: Roda Encontro de Bambas no Clube Renascença. A roda é comandada por Renato Milagres e já virou tradição. A produção é de Carlinhos Doutor e de Mico (irmão do Zéca Pagodinho). Rua Barão do São Francisco, 54 - Andaraí, 17h.. Ingresso: R$ 10. Informações: 99285283

Sábado: Batuque no Coreto na Praça São Salvador. O interessante é que os músicos vão chegando e aumentando a roda. O público é essencialmente jovem e integrante da oficina Maracatu Brasil. Praça São Salvador - Laranjeiras - 18h - Entrada Franca (www.bafafa.com.br)

Sábado: Mauro Diniz no Cadongueiro. O convidado da roda de samba do Candongueiro é o cantor e compositor portelense Mauro Diniz.
A casa abre às 20 horas e a música começa às 22 horas. As 400 primeiras pessoas e os estudantes pagam meia entrada, que sai a R$25,00.
Promoção: Desconto de 5 reais no ingresso até as 22 horas válido também para a meia entrada.A próxima feijoada especial com o mestre Wilson Moreira será no domingo dia 28 de março. Para maiores informações acesse: www.candongueiro.com.br (Fonte: www.smaba-choro.com.br)

Sábado: Terreirão do Negão da Abolição. Negão da Abolição convida a todos para um samba com angu à baiana no sábado, dia 21. Todo sábado acontece seu pagode, batizado de "Terreirão do Negão".A partir das 20 horas, rolando até 1 h.Cerveja e petiscos à venda.End: R. Djalma Dutra, 119 - Pilares (próximo aàigreja de São Benedito; rua ao lado do posto Shell) Realização: Negão, Nelson e Lena. (Fonte: www.samba-choro.com.br)


Sabado: Terreiro de Breque no Bar Vaca Atolada. O Terreiro de Breque é uma confraria de boêmios inveterados, reunidos para tocar e cantar o samba, especialmente em seus matizes menos explorados, como o samba de terreiro, o samba-de-breque e o sincopado.Bar Vaca Atolada. Rua Gomes Freire, 533 - Centro - 20h - Entrada Franca.


Sábado: Orquestra Republicana no Clube dos Democráticos.
O repertório da Orquestra Republicana vai do samba ao choro, comandado por Marcelo Bernardes, saxofonista de Chico Buarque. No repertório, Pixinguinha, Aldir Blanc, Jackson do Pandeiro, Ernesto Nazareth, Waldir Azevedo, Zeca Pagodinho, Jacob do Bandolim, Chico Buarque, Noel Rosa, Cartola, Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Geraldo Pereira, além de composições próprias. Nos intervalos o DJ Cafú toca MPB, samba, choro e samba.Rua Riachuelo, 91 – Lapa – 23h30 – Ingressos: R$ 18 (inteira), R$ 15 (estudante) e R$ 13 (mulher)..Informações e reservas: 9644-1713. (Fonte:www.bafafa.com.br)


Domingo: Canto Gregoriano do Mosteiro de São Bento - Na missa dominical, o tradicional canto gregoriano é executado pelo Coro de Monges do Mosteiro. É um espetáculo bastante concorrido e começa às 10h, por isso é aconselhável chegar com alguma antecedência. O endereço é Rua Dom Gerardo, 68 ou pelo 48 (quem vier a pé) - Centro. A entrada é franca. (Fonte www.bafafa.com.br/)


Domingo: Música na Praça São Salvador (bairro de Laranjeiras). Lá se ouve o melhor do choro e da MPB, com o grupo "Arruma o meu coreto" (uma pilhéria com o bloco carnavalesco do local chamado "Bagunça o meu Coreto"), na sua maioria integrado por alunos da Escola Portátil de Musica, num ambiente que comporta todas as idades. Para crianças, há lugar para brincar e correr, e para os marmanjos o local é cercado de bares com cardápios variados, chope, cerveja e os famosos drinks da barraca do Luizinho. Vai das 11h às 13h:30 e ao final rola uma roda de samba informal. É diversão garantida para a tarde de domingo, desde que não chova.

Domingo: João Martins e Moacyr Luz na Casa Rosa. O Projeto Raízes – a roda de samba com feijoada mais tradicional da Zona Sul – recebe o músico João Martins, que ao lado de seu convidado, Moacyr Luz, promete uma noite de muito samba na Casa Rosa..Rua Alice, 550 – Laranjeiras – 17h – Ingressos: R$ 25 (com feijoada) e R$ 10 (sem feijoada até 19h).Informações: 2557-2562. (www.bafafa.com.br)

Domingo: Pagode da Tia Doca em Madureira.O Pagode da Família Tia Doca, tradicional roda de mesa e samba de raiz, foi criado há mais de trinta anos pela pastora da Velha Guarda da Portela. Sempre tem convidados especiais.Domingos.Centro Cultural Tia Doca.Rua João Vicente , 219 - Madureira - 18h - Ingresso: R$ 12
Informações: 3252-7861. (Fonte: www.bafafa.com.br)

Domingo: Orquestra Criola no Rio Scenarium. Lderada pelo saxofonista Humberto Araújo, toca o melhor da gafeira dançante e também ritmos caribenhos.. Rio Scenarium
Rua do Lavradio, 20 – Centro – 19h – Ingresso: R$ 20.Informações: 3147-9000. (Fonte: www.bafafa.com.br)
 

Domingo: Roda de Samba do Cacique de Ramos. O tradicional Bloco Cacique de Ramos há anos realiza essa roda de samba, onde sempre aparecem por lá os irmãos Bira e Ubirany, fundadores do bloco e integrantes do premiado Grupo Fundo de Quintal. Comandada por Renatinho Partideiro, temido versador. Dessa roda despontaram inúmeros sambistas, como o Almir Guinteto, os falecidos Neocy e Luiz Carlos da Vila, Sereno (também integrante do Grupo Fundo de Quintal), Arlindo Cruz, Sombrinha, Jorge Aragão ... a lista é imensa! Senão chover rola e começa às 17h, na Rua Uranos, 1326 – Olaria - Infomações: 3880-8023. Entrada Franca.


Domingo: Roda de Samba no Bip Bip. Começa às 19h e acontece impreterivelmente até ás 22h, para não atrapalhar a vizinhança. Os músicos vão chegando e se incorporando. Sempre há novidades e surpresas. Av. Almirante Gonçalves, 50 – Copacabana. A entrada é franca. É um excelente programa pós-praia. (Fonte: www.bafafa.com.br/ )


Segunda-Feira. Samba do Trabalhador no Clube Renascença. O desta segunda terá uma edição especial. Será uma homenagem ao Dia Nacional do Samba, e, também, a diversos cantores e compositores que frequentaram a roda ao longo do ano e, mesmo lançando seus cd´s, tiveram dificuldade de divulgá-los em jornais e televisão, bem como, não conseguiram ver suas músicas executadas nas rádios.Assim, a roda comandada por Moacyr Luz contará com a presença de Dunga, Efson, João Martins, Dorina, Toninho Geraes e Moyseis Marques. Rua Barão de São Francisco, 54 - Andaraí.Os preços do ingresso continuam os mesmos (R$ 5 e R$ 10) e o horário também (16 horas). (Fonte: Agenda do Samba & Choro)


Segunda-Feira: Roda de Samba na Pedra do Sal. Junto à escadaria talhada na rocha, o grupo Batuque na Cozinha comanda roda de samba toda segunda-feira. O som é acústico e sempre há músicos convidados. O local é carregado de história. Tem esse nome porque o sal era descarregado no porto ao lado e virou ponto de encontro de sambistas estivadores. No Largo João da Baiana nasceu o samba nas mãos de Donga, João da Baiana, Pixinguinha. Detalhe: a roda começa (19h) e termina cedo. É um programa tipo happy hour.Botequim Adega do Sal. Rua Argemiro Bulcão, 38 - Largo João da Baiana – Gamboa – 19h30 até 22h.Informações: 2518-5083 (Fonte: www.bafafa.com.br).