Por que há tantos carros nas ruas?
O caos do trânsito nas principais vias de acesso ao centro e zona sul da cidade é um fato. No Rio tem tudo demais circulando, ônibus, carros particulares e táxis.
Há vários problemas: um metrô com linhas e estações insuficientes para dar conta das demandas.
O próprio sistema operacional e a falta de vagões e composições novas fazem com que o metrô funcione muito aquém da sua capacidade.
O nosso sistema de transporte rodoviário de passageiros é mais voltado para atender aos interesses comerciais dos seus controladores, do que às nessidades dos usuários, em termos de conforto e atendimento. Na zona sul e centro intervalos de no máximo cinco minutos, na zona oeste, mais longínqua e por isso custosa em termos de consumo de combustível, os intervalos chegam a 50 minutos
Há pouco investimento em transporte marítimo, num estado onde toda a região metropolitana é cortada pelo mar, e de baia, calmo, propício a construção de embarcadouros. Menos poluentes e mais agradáveis
Enfim, não há um projeto de sistema de transporte integrado pelos vários modais existentes. Basta ver que o nosso modal metroviário não está interligado a estação rodoviária da cidade, que é mal posicionada e não corresponde mais a sua geografia social.
Que se crie então uma câmara de tranporte ferroviário da região metropolítina do Estado do Rio, composta por secretários transporte de todas as cidades nela situadas, que, com o apoio do Ministério dos Transportes, se debruce a formular um plano e reuna recursos para pô-lo em prática. Não é difícil, é uma questão de vontade e liderança política.
Agora, todos sabemos que uma boa parte deste quadro, tem, na influência que os empresários do setor de transporte rodoviário exerce sobre o poder público, a sua principal origem. Já que são generosos financiadores de campanhas eleitorais.
Como então cobrar, por exemplo, que o usuário de transporte particular de automóveis, deixe o seu veículo em casa e passe a se locomover através de tranporte público?
A questão é que virão a Copa do Mundo e as Olimpíadas e algo terá que ser feito, para tornar a cidade mais trafegável.
De repente os vultosos interesses econõmicos envolvidos naqueles dois eventos podem suplantar a força política-econômica do empresariado do transporte de passageiros, que há décadas controla o sistema na região metropolitana do estado.
Se isso ocorrer, este será o maior legado que esses dois eventos deixarâo para o carioca.
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário