Este blog prossegue com as postagens sobre um resumo, por ordem alfabética, da história dos 159 bairros existentes na cidade do Rio de Janeiro, segundo levantamento realizado pelo Instituto Pereira Passos, vinculado a Secretaria Municipal de Urbanismo da Prefeitura do Rio - com a ajuda decisiva da amiga Denise Moura, que nos indicou a fonte para tais informações.
Esta publicação fora iniciada em 9 de março de 2009, com o resumo das histórias dos bairros da Abolição e Acari. Após uma longa interrupção, retomamos a publicação e abordamos os bairros Vaz Lobo, Vicente de Carvalho e Vidigal
Quem não teve a oportunidade de conhecer as postagens anteriores, após o término destas que ainda faltam, que se concluirão com o bairro do Zumbi (na Ilha do Governador) , tornaremos a publicar o resumo das histórias dos 159 bairros do Rio de janeiro desde o início, todas as segundas-feiras.
Boa leitura!
Esta publicação fora iniciada em 9 de março de 2009, com o resumo das histórias dos bairros da Abolição e Acari. Após uma longa interrupção, retomamos a publicação e abordamos os bairros Vaz Lobo, Vicente de Carvalho e Vidigal
Quem não teve a oportunidade de conhecer as postagens anteriores, após o término destas que ainda faltam, que se concluirão com o bairro do Zumbi (na Ilha do Governador) , tornaremos a publicar o resumo das histórias dos 159 bairros do Rio de janeiro desde o início, todas as segundas-feiras.
Boa leitura!
Vaz Lobo
A região, na freguesia de Irajá, era atravessada pela estrada da Penha, que depois recebeu o nome de estrada Marechal Rangel e é, hoje, a avenida Ministro Edgar Romero. Grandes chácaras, onde se cultivava café, aipim e batata doce, entre os morros do Sapê e da Serrinha, ocupavam a área. Uma delas, a do Capitão-Tenente José Maria Vaz Lobo, no cruzamento com a estrada de Irajá (av. Monsenhor Félix) deu nome ao largo e ao bairro.
Nota: A denominação, delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985.
Vicente de Carvalho
A região pertencia à freguesia de Irajá, abrangendo terras do Engenho do Mato, de Dona Maria de Abreu Rangel, que em 1741 o doou aos seus netos, antepassados do Marechal Rangel. Esse engenho se estendia até os atuais bairros de Tomás Coelho e Engenho da Rainha.
O nome do bairro se refere a um fazendeiro local, Vicente de Carvalho, que denominaria também a estrada e a estação da Estrada de Ferro Rio D’ Ouro, implantada na segunda metade do século XIX. Posteriormente, a região passaria para Lucas da Silva, e, deste, para a viúva Carolina Machado e, depois, para a família Rangel Vasconcelos. Em 1890 tudo foi comprado e loteado pela Companhia de Colonização Agrícola do Visconde de Moraes e do Conde Modesto Leal.
A estação Vicente de Carvalho da E. F. Rio D’Ouro foi inaugurada em 15 de janeiro de 1883. Com a extinção desse ramal, seu leito foi aproveitado pela linha 2 da Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro – Metrô, sendo implantada a estação Vicente de Carvalho em 1996.
Os acessos principais do bairro são a avenida Pastor Martin Luther King Jr. (Automóvel Clube), antiga estrada da Pavuna, e a avenida Vicente de Carvalho, antiga estrada da Penha.
A favela do morro do Juramento, marco de referência no bairro, começou a ser ocupada em 1945 com a demarcação dos lotes feita à noite, para evitar a presença da polícia. Os primeiros barracos de madeira começaram a ser erguidos na década de 1950 e, com a construção de uma igreja católica, o local passou a se denominar “igrejinha”. Na década de 1960, a ocupação se intensificou e, em 1967, foi fundada a Associação de Moradores e, com ela, chegaram rede de água e de esgoto, reservatórios de água, acessos pavimentados e serviços de assistência médica/dentária. A comunidade ocupa uma área de 290 mil metros quadrados, distribuídos nas localidades do Rodo, Centro, Miolo, Igrejinha e Lazer.
Vicente de Carvalho é predominantemente residencial, com grandes hipermercados (o antigo Carrefour reabriu como “Atacadão” em 2007) e o “Carioca Shopping”, inaugurado em 8 de maio de 2001.
Nota: A denominação, delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985.
Vidigal
O major de milícias e intendente da polícia Miguel Nunes Vidigal, de grande influência no Primeiro Império, recebeu dos monges beneditinos em 1820, extensas terras que iam das encostas da Pedra Dois Irmãos até o mar, onde construiu a Chácara do Vidigal. Em 1886, seus herdeiros venderam a propriedade ao Engenheiro João Dantas.
O acesso à área se dava pelo tortuoso caminho da Chácara do Céu, que vinha do Leblon. Só em 1913, o Professor Charles Armstrong aproveitou o leito abandonado do projeto cancelado de uma ferrovia litorânea, para servir de caminho ao seu Colégio Anglo-Brasileiro no Vidigal. Em 1919 o Prefeito Paulo de Frontin alargou e prolongou o Caminho de Armstrong criando a panorâmica Avenida Niemeyer, em homenagem ao Comendador Conrado Jacob Niemeyer. Nela, em 1922, foi construído o Viaduto Rei Alberto sobre os arcos da Gruta da Imprensa. Em 1968, foi iniciada a construção do Hotel Sheraton junto a Praia do Vidigal.
Os primeiros barracos da comunidade local – então conhecida como Favela da Rampa da Niemeyer - surgiram na década de 1940. Entre 1965 e 1985, a comunidade do Vidigal se expandiu ao longo da Estrada do Tambá e hoje, junto com a Comunidade Chácara do Céu - menor e mais próxima ao Leblon e ao penhasco -, abriga mais de 75% da população do bairro.
No final da década de 1970, o caso do Vidigal se tornou um marco na resistência à remoção de favelas. Em plena ditadura militar, a associação de moradores, com o apoio dos advogados da Pastoral de Favelas – entre eles os juristas Sobral Pinto e Bento Rubião -, conseguiu evitar que os barracos da parte baixa da favela fossem destruídos para dar lugar à construção de empreendimento de alto luxo. Após intensa luta, os moradores conseguiram apoio político e popular que culminou com a edição, em 1978, de decreto de desapropriação da área para fins sociais, assinado pelo Governador Chagas Freitas, que afastou de vez o perigo da remoção. Em 1980, o Papa João Paulo II visitou e abençoou a comunidade.
Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280 de 23 de agosto de 1985 e pela Lei Nº 1995/93, que delimita a RA e Bairro da Rocinha.
2 comentários:
Prezado amigo, com todo respeito quero questionar se tens certeza da origem do nome do bairro Vicente de Carvalho, pois praticamente nasci e cresci no Morro do Juramento e quando estava na 3ª ou 4ª série (E.M.Sergipe, situada na Rua Itapuá) a professora determinou-nos que fizéssemos um trabalho cujo tema era sobre a vida e a obra do poeta de Santos-SP chamado Vicente de Carvalho, cuja obra mais célebre era o poema "Brelotas", o qual teria cedido seu nome ao bairro. Meu nome é Edson e meu email é edsonramos1@yahoo.com.br
Grande abraço.
Prezado anonimo, o tal poeta santista nasceu em 1866 ! logo muito novo na ´´epoca da criaçao do bairro.
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