segunda-feira, 18 de outubro de 2010

REDE GLOBO SE ACHA ACIMA DA LEI E DEFENDE PANFLETOS CLANDESTINOS CONTRA DILMA


Bom Dia Brasil ignora qualquer ética jornalística e a legislação eleitoral

"Não custa lembrar que emissoras de rádio e tv são concessões públicas, e a legislação é clara sobre a proibição de empresas concessionários de serviço público se envolverem em campanha eleitoral, fora do horário eleitoral gratuito estabelecido pela Tribunal Superior Eleitoral"


A empáfia das Organizações Globo beira o absoluto desrespeito a quaisquer leis, ordenamento jurídico, o que for. Pois não é que, hoje, segunda-feira, 18/10, o Bom Dia Brasil burlou completamente a decisão da Justiça Eleitoral e distribuiu o panfleto que fora mandado recolher!

Ontem, o tal panfleto do Bispo de Guarulhos, impresso numa gráfica tucana, fora apreendido. Hoje, a Globo, a pretexto de fazer jornalismo e narrar o ocorrido, mostra o panfleto, com uma nitidez admirável, defende o conteúdo e afirma que o material se destinava aos católicos. Põe um sujeito, um Bispo, eu acho, para dizer o seguinte: o conteúdo – firmar posição contra a descriminalização do aborto –" é posição conhecida dos católicos; recomendar voto em quem defende tal posição é natural; o único erro foi citar sigla partidária!"

Então, assim postos e acordados, o Senhor Bispo e a Rede Globo panfletam, para todo o Brasil, o que a justiça pretendeu impedir que fosse panfletado em Guarulhos. O Brasil é, portanto, gostemos ou não, o quintal da Globo e do Bispo, seu amigo. A justiça recolhe o material e a Globo dá um jeito de corrigir a decisão.

É sabido que o Senhor Ali Kammel, no seminário do Instituto Millenium, determinou que o PIG fosse formalmente apresentado à sociedade: a oposição partidária é frágil; cabe-nos, aos meios de comunicação, suprirmos essa fragilidade fazendo o papel de oposição, mandou dizer! Quem diz? Os jabores, as catanhedes as danuzas e tantos estafermos da mesma laia. Mas aceitar que o Kammel possa mais que a justiça?!

Já não se trata do MilCaras ligar para o Gilmar Mendes para recomendar providências – vá lá, recomendar é muito forte; aventar hipóteses, digamos – quando pode ocorrer decisão desfavorável, mas recusar cumprir a decisão desfavorável já ocorrida!

A tentativa da instalação de um ciclo fascista vai à larga! Já não se trata de disputa eleitoral, simplesmente. Em disputa, a preservação dos meios que asseguram a própria normalidade democrática! Quem viveu a ditadura militar, há de estar decidido: não passarão!

Um abraço. Lima.

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