quinta-feira, 16 de setembro de 2010

DATAFOLHA: DILMA OSCILA PRÁ CIMA

Dilma oscila para 51% e se distancia 24 pontos de Serra, diz Datafolha

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FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

Apesar do intenso noticiário das últimas semanas sobre a quebra dos sigilos fiscais de tucanos, a corrida presidencial entrou em fase de alta estabilidade nas taxas de intenção de voto dos principais candidatos.

Dilma Rousseff (PT) venceria a disputa no primeiro turno se a eleição fosse hoje.

Segundo pesquisa Datafolha nos dias 13 a 15 deste mês com 11.784 entrevistas em todo o país, a petista tem 51%. Oscilou um ponto percentual para cima em relação ao levantamento anterior, dos dias 8 e 9. A margem de erro máxima é de dois pontos, para mais ou para menos.

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Quando se consideram só os votos válidos, os dados apenas aos candidatos (excluindo-se os brancos e os nulos), Dilma vai a 57%.

José Serra (PSDB) ficou exatamente como há uma semana, com 27%. Marina Silva (PV) também repetiu sua taxa de 11%. Em votos válidos, o tucano tem 30%. A verde fica com 12%. Há 4% que dizem votar em branco, nulo ou nenhum. Outros 7% se declaram indecisos.

Os demais seis candidatos não pontuaram, segundo o Datafolha --que realizou a pesquisa sob encomenda da Folha e da Rede Globo.

ESCÂNDALO DA RECEITA

O levantamento comprovou que teve impacto mínimo até agora, quase imperceptível, o escândalo da quebra de sigilo de tucanos e da filha de Serra, Veronica.

O Datafolha apurou que 57% dos eleitores tomaram conhecimento do assunto. Mas, apesar de a maioria conhecer o caso, só 12% se consideram bem informados a respeito.

As taxas de maior conhecimento estão entre os mais escolarizados (86%) e os que têm maior renda mensal (84%). Mas esses segmentos são minoritários no eleitorado e não provocaram alterações no quadro geral.

Numa estratificação apenas dos que se declaram mais bem informados, a taxa de intenção de votos de Dilma fica em 46% (contra os 51% no cômputo geral). Serra vai a 33% e Marina oscila para 14%. Ou seja, a soma do tucano com a verde daria 47%, e o cenário seria de um possível segundo turno.

No outro extremo, entretanto, quando são separados apenas os eleitores que nunca ouviram falar do caso da quebra de sigilos fiscais de tucanos, Dilma vai a 53%, Serra desce a 24% e Marina pontua apenas 8%.

A estabilidade do quadro geral apurado pelo Datafolha também aparece em quase todos os segmentos pesquisados pelo instituto.

SEGUNDO TURNO

Na simulação de segundo turno, Dilma venceria com 57%, contra 35% de Serra. Os percentuais eram 56% e 35% há uma semana.

Do ponto de vista geográfico, as únicas variações significativas e além da margem de erro ocorreram no Paraná, no Rio Grande do Sul, em Brasília e em Belo Horizonte.

Dilma perdeu oito pontos em Curitiba (PR) e voltou a ficar atrás de Serra nessa capital. A petista tem 28%, contra 36% do tucano. No Paraná como um todo, ela recuou cinco pontos --mas ainda lidera por 41% a 35%.

A petista também piorou seu desempenho em Brasília, saindo de 51% para 43%, mas continua líder porque Serra está com 21%.

No Rio Grande do Sul e em Belo Horizonte ocorreu o inverso, com Dilma melhorando seu desempenho. Entre os gaúchos, a petista foi de 43% para 45%, e Serra desceu de 38% para 34%.
Na capital mineira, a petista foi de 40% para 44%. Serra oscilou de 23% para 25%.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 30014/2010.

Fonte: Folha.com

Dilma amplia vantagem e seria eleita no 1o turno, diz CNT/Sensus
— Tecnicamente podemos afirmar: a eleição será decidida no primeiro turno — concluiu o presidente da CNT.
— Governo Lula bate novamente o recorde de avaliação positiva.

A candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, ampliou sua vantagem para 24,1 pontos à frente de seu principal adversário, José Serra (PSDB), mantendo a possibilidade de ser eleita no primeiro turno, mostrou pesquisa do instituto Sensus nesta terça-feira.

Segundo o levantamento, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), Dilma tem 50,5 por cento das intenções de voto, enquanto Serra aparece com 26,4 por cento, e Marina Silva (PV), com 8,9 por cento.

Na pesquisa Sensus anterior, divulgada em 24 de agosto, Dilma tinha 46,0 por cento das intenções de voto, enquanto Serra aparecia com 28,1 por cento e Marina Silva (PV), com 8,1 por cento. O percentual de votos brancos e nulos era maior: 5,1%, assim como o de eleitores indecisos: 11,7%. Em relação à última pesquisa Dilma cresceu 4,4%, enquanto Serra caiu 3,5%.

Nenhum dos outros candidatos ao Palácio do Planalto chegou a ter 1% das intenções de voto. Brancos e nulos somaram 3,5% e indecisos, 9,1%. Dilma Rousseff tem 57,8% dos votos válidos, enquanto Serra totaliza 30,2% dos votos válidos - descontando brancos, nulos e indecisos. Desta forma, se a eleição fosse hoje, a candidata petista venceria em primeiro turno.

Na pesquisa espontânea, em que os nomes dos candidatos não são indicados aos entrevistados, Dilma Rousseff aparece com 44,3% das intenções de voto, contra 23% de José Serra e 7,1% de Marina Silva. Na pesquisa anterior, Dilma aparecia com 37,2%, Serra, com 21,2%, e Marina com 6%.

O Instituto Sensus também fez uma simulação de um eventual segundo turno entre Dilma e Serra. A petista venceria com 55,5% dos votos, contra 32,9% do tucano. Brancos e nulos somaram 5,9% e indecisos, 5,7%.

A análise do limite de voto do eleitor mostrou rejeição de 41,3% do candidato José Serra e de 29,4% de Dilma Rousseff. Marina Silva é a candidata em que "não votaria" para 45% dos entrevistados. A avaliação da CNT é que, historicamente, rejeições acima de 40% são mais difíceis de serem revertidas.

Expectativa de vitória

Os entrevistados também foram questionados sobre quem ganharia as eleições para presidente da República neste ano, independentemente do voto do eleitor. Segundo o levantamento, 61,8% apontaram Dilma como vencedora, enquanto outros 21,9% indicaram Serra. Para 1,3%, Marina Silva é a favorita. O índice de entrevistados que não responderam ou não souberam totalizou 14,2%.

Em relação à pesquisa realizada em julho, a expectativa de vitória de Dilma subiu quase 15 pontos percentuais. Na ocasião, a petista tinha 47,1%, Serra contava com 30,3% e Marina tinha 2,2%. Não responderam e não souberam: 16,7%.

Dados regionais

Das cinco regiões do país, Dilma aparece em primeiro lugar em quatro delas, com exceção do Sul, onde José Serra venceria as eleições com 47,8% dos votos. A petista aparece em segundo lugar com 35,7%, seguida por Marina Silva, com 6,9%. Brancos, nulos e indecisos representam 9,3% dos votos.

Na região Nordeste, a ex-ministra da Casa Civil tem seu melhor resultado, com 62,1%. Serra aparece com 19,8% e Marina Silva, com 6,4%. Brancos, nulos e indecisos somam 11,1%.

As regiões Norte e Centro Oeste são analisadas juntas e apontam Dilma com 45%, Serra com 25,5% e Marina com 7,6%. Brancos, nulos e indecisos chegam a 20,5%.

Na região Sudeste, a diferença entre Dilma e Serra é menor. A petista lidera com 39,2%, o tucano com 27,6% e a candidata verde aparece com 9,7% dos votos. Brancos, nulos e indecisos representam 21,8% dos votos.


Votos por gênero

Entre os entrevistados, 49,4% dos homens votariam em Dilma, 28,7% optariam por Serra e 7,6% escolheriam Marina Silva. Dentro desse cenário, brancos, nulos e indecisos chegam a 13%.

Já a avaliação das mulheres indicou que 42,9% votariam em Dilma, 27,4% em Serra, 8,4% em Marina.e 20,3% ainda estão indecisas ou votariam em branco ou nulo.

Propaganda política

Um total de 42,9% dos entrevistados afirmaram acompanhar o horário eleitoral gratuito. Destes, 56% disseram que Dilma foi a candidata que apresentou a melhor propaganda eleitoral; para 34% dos entrevistados, a performance do tucano foi melhor e 7,5% avaliaram que a candidata do partido verde teve a melhor exposição na propaganda eleitoral.

Na avaliação do diretor do Instituto Sensus, o programa eleitoral da candidata do governo teve boa aceitação com uma imagem de leveza, com um programa que emocionou e mostrou resultados. De acordo com Guedes, o candidato tucano, principal adversário de Dilma, foi prejudicado pelo "episódio da escolha do vice", pela "questão da judicialização da campanha" e pela "demonstração de ser contrário à política do presidente Lula".
72% do eleitorado já definiu seu voto

A pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira (14) mostra que o eleitorado brasileiro está praticamente definido sobre seu voto para presidente. Dos entrevistados, 72,7% já escolheram seu candidato e declaram que não vão mudar de ideia.

Clésio Andrade, presidente da CNT, lembra que o primeiro turno das eleições de 2006 registrou 24% de abstenções. Isso significa que 76% do eleitorado escolheu um candidato, número bem próximo do atual, ainda que faltem quase três semanas para o pleito.

- Com 72% dos brasileiros tendo seu voto escolhido hoje, podemos dizer que o eleitorado está basicamente definido.


Responderam que ainda podem mudar de voto 12,4% dos entrevistados, enquanto 11,2% ainda não definiram o candidato escolhido para o dia 3 de outubro.

Mudança de voto

Dentre aqueles que podem mudar de voto, 2,8% dizem que um fator determinante para a troca é a capacidade administrativa do candidato; 2,7% mencionaram capacidade para gerir programas sociais e apenas 1,5% levariam em conta a inidoneidade do presidenciável na hora de mudar de voto.

O critério mais importante na hora de escolher o candidato – segundo os entrevistados que ainda estão indecisos – são os debates na TV (3,1%). Em segundo lugar vêm os noticiários (2,9%), seguido das entrevistas (1,7%) e, por último, os programas eleitorais (1,1%). Não sabem ou não responderam somam 6,1%.

Entre amigos

São os amigos e a família os maiores influenciadores dos brasileiros na hora de escolher um candidato. Dentre os entrevistados que ainda não definiram o voto, 3,7% dizem levar em conta a opinião de amigos e família, 2,3% de lideranças políticas, 1% de lideranças comunitárias e apenas 0,5% consideram a opinião de lideranças religiosas.

A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 29.517/2010 no dia 08 de setembro de 2010. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Denúncias não foram absorvidas pelo eleitorado, afirma CNT
Para o eleitorado, as denúncias feitas contra o governo não apresentam consistência e, com isso, não têm influenciado negativamente na candidatura de Dilma Rousseff. A opinião é do presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Clésio Andrade, e tem por base os resultados da 104ª Pesquisa CNT/Sensus, divulgada hoje.

— O eleitor não considerou (as denúncias) provavelmente porque elas não estão sendo vistas pela sociedade como uma coisa consistente — disse Andrade.

Ele acrescentou que as últimas denúncias, envolvendo a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, ainda não foram absorvidas pela pesquisa, realizada entre os dias 10 e 12 de setembro.

— Os ataques (feitos pelo candidato do PSDB, José Serra) sem dúvida aumenta a rejeição dele por não serem consideradas consistentes e verdadeiras — avaliou Andrade.

— E isso acaba se voltando contra o próprio candidato — acrescentou.

— As denúncias precisam ser muito bem colocadas, provadas e consistentes. Fora isso, acaba sendo um processo contrário, porque a sociedade brasileira evoluiu muito e as pessoas hoje têm muita cautela com as denúncias. [Para surtir efeito] elas precisam ser colocadas de forma mais sólida — avaliou o presidente da CNT, durante a divulgação da pesquisa.

— Os programas acabaram absorvendo as denúncias — avaliou Andrade. Ele explica que 62,3% dos entrevistados pela pesquisa disseram que assistiram aos programas dos candidatos.
Governo Lula bate novamente o recorde de avaliação positiva
O governo do presidente Lula bateu novamente o recorde de avaliação positiva. Para 78,4% dos eleitores consultados pela 104ª Pesquisa CNT/Sensus, o governo do petista é ótimo (39,5%) ou bom (38,8%). Para 15,9%, o governo Lula é regular. E para 3,9% o governo é ruim (1,8%) ou péssimo (2,1%). O recorde anterior foi registrado na última pesquisa, realizada no mês de agosto, quando o governo foi avaliado positivamente por 77,5% dos pesquisados.

De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Clésio Andrade, a popularidade do presidente é explicada pelo sucesso do governo nas áreas econômica e social. “As pessoas veem que ele foi bem sucedido na economia e nos programas sociais, e sabem que a vida melhorou no interior do país e nas classes C e D”, avaliou Andrade.

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Para realização desta edição da pesquisa foram feitas 2 mil entrevistas, em 24 Estados do País, entre os dias 10 e 12 de setembro.
A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.O número de registro no Tribunal Superior Eleitoral é o 29.517/2010.

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