quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

GREGOS REAGEM ÀS MEDIDAS NEOLIBERAIS

Greve geral paralisa a Grécia na quarta-feira

Trabalhadores protestam contra cortes de gastos do governo. País enfrenta o maior déficit da zona do euro.

Do G1, com informações da France Presse

A Grécia amanheceu quase totalmente paralisada nesta quarta-feira (24) por uma greve geral, convocada pelas grandes centrais sindicales para criticar as medidas rigorosas adotadas pelo governo socialista para tirar o país de uma crise financeira e orçamentária sem precedentes.

A partir da meia-noite, os transportes aéreos e marítimos foram paralisados, assim como quase todos os serviços ferroviários. Os ônibus e uma linha de metrô funcionavam em Atenas para permitir aos grevistas comparecer às manifestações programadas pelos sindicatos no centro da capital a partir de meio-dia. Os taxistas não aderiram à greve.

Outras cidades do país também têm manifestações programadas, em particular Salônica (norte), a segunda maior do país. A frente sindical do Partido Comunista Ultra Ortodoxo, o PAME, convocou protestos separados das centrais sindicais.

A greve deve provocar o fechamento das escolas, prédios públicos e tribunais. Bancos, hospitais e grandes empresas do setor público funcionavam a ritmo reduzido. O país também está privado das informações nas rádios e canais de televisão, já que o sindicado de jornalistas aderiu ao movimento e decidiu punir os membros em caso de não adesão. Os jornais não serão publicados na quinta-feira.

Corte de gastos

A greve foi convocada pela Confederação Geral de Trabalhadores da Grécia (GSEE) em resposta ao plano do Executivo de cortar em 10% os gastos públicos para este ano, congelando os salários e aumentando a idade de aposentadoria.

O Governo do socialista Giorgos Papandreu deixou claro que não há alternativa para superar a crise econômica, sem precedentes nas últimas décadas, e que ameaça a credibilidade da zona do euro. Os outros países que utilizam o euro exigem que Atenas consiga levar o déficit público de 12,7% para 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

O déficit, o maior da zona do euro, e a dívida pública de 300 bilhões de euros, junto com a acusação de suposta falsificação de dados sobre a economia, abalaram a credibilidade da Grécia nos mercados internacionais. Atualmente, uma equipe de observadores da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) está na Grécia para supervisionar a execução das medidas exigidas para superar a crise.

Com informações da France Presse e da EFE

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