terça-feira, 3 de novembro de 2009

PT DO PARANÁ JÁ TEM PRÉ-CANDIDATOS

Nedson e Lygia Pupatto disputam preferência do PT ao governo do Paraná

Ex-prefeito de Londrina e secretária estadual da Ciência e Tecnologia se colocaram à disposição caso o PT decida por uma candidatura própria com chapa pura

O ex-prefeito de Londrina Nedson Micheleti (PT) e a atual secretária estadual da Ciência e Tecnologia, Lygia Pupatto, colocaram seus nomes à disposição do partido para compor uma possível chapa pura ao governo do Paraná nas eleições do ano que vem. O assunto foi discutido em uma executiva do PT durante o fim de semana em Curitiba. A posição do partido nas eleições de 2010 ainda não foi definida, já que há conversas com o PMDB, do pré-candidato Orlando Pessutti, vice-governador, e com o PDT, do também pré-candidato Osmar Dias, hoje senador.

Fontes ouvidas pelo JL afirmaram que há pelo menos dois grandes grupos dentro do partido: os que apoiam uma candidatura própria e os partidários de uma aliança com o PDT de Osmar Dias. Essa possível aliança, já declarada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em visita à cidade, teria ficado abalada com a assinatura do pedetista ao pedido de CPI do MST.

A indisposição do PT com a CPI do MST foi reafirmada em documento divulgado após a executiva. “Reafirmamos nosso posicionamento contrário à CPI do MST, entendendo-a como movimento político-eleitoral na tentativa de criminalização dos movimentos sociais e de desgaste do governo federal”, afirmou a nota. Por isso, uma das alternativas seria a candidatura própria com chapa pura, formada por dois membros do próprio partido.

De acordo com a assessoria de imprensa de Lygia Pupatto, os nomes dela e do ex-prefeito Nedson Micheleti devem ser submetidos a uma disputa interna e quem for escolhido, caso o PT opte por uma candidatura própria, estará livre para estabelecer alianças ou escolher alguém do partido. Sem definir se faz uma prévia ou se realiza uma coligação, o objetivo do PT é fortalecer o palanque no Paraná para a pré-candidata à presidência da República, Dilma Rousseff.

“O PT trabalha na construção de um palanque forte para a campanha da ministra Dilma Roussef no Paraná (...) e para isso implementa um forte movimento pela construção de uma ampla aliança entre os partidos da base aliada do governo federal ou, se isso não for possível, uma candidatura própria ao governo do estado”, afirmou nota do partido após a executiva. A reportagem não conseguiu contato com o ex-prefeito Nedson Micheleti.

Comentário do Blog

Seja qual for o desfecho do debate sobre tática eleitoral do PT do Paraná, da mesma forma que em Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Santa Catarina, sem falar nos estados onde o partido disputa sua própria sucessão, como o Acre, Bahia, Pará e Piaui, ter nomes para apresentar ao eleitor é a tónica da movimentação política do PT.

Salvo nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, onde o partido participa de governos liderados pelo PSB, aliado histórico do campo democrático e popular, e deve se coligar e apoiar os candidatos ao governo daquele partido.

Estranho o PT no Estado do Rio de Janeiro, onde um setor do partido considera uma heresia o debate sobre a candidatura própria e o exame do nome do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, como candidato ao governo, num cenário onde está em aberto espaço para um nome identificado com o governo Lula, que pode reorganizar esquerda política e social do estado bastante enfraquecida, e ofereça mais um palanque para a candidatura da ministra Dilma Rousseff à Presidência da República

Uma lacuna que vem crescendo no cenário político fluminense, com candidaturas que espressam mais do mesmo, como a de Sérgio Cabral, e as opções eleitorais até o momento colocadas, Gabeira, Garotinho e César Maia, ídem.

O governo Cabral, cujas rubricas de investimentos previstos no orçamento estadual a ser apreciado e votado pela Assembleia Legislativa praticamente só contêm recursos federais, quase nada do estado, mas mesmo assim concede aumentos rídiculos para o funcionalismo público, estabelece uma relação de "mão única" com o governo Lula de quem se diz aliado.

Em questões estratégicas, como o modelo de exploração do pré-sal, defende a concessão e não a partilha, e na questão de segurança joga a responsabilidade para o governo federal, quando se sabe e as milícias estão aí para comprovar, que uma das principais razões do aumento da violência na cidade está vinculada a crescente corrupção na polícia estadual, a despeito da nada desprezível soma de recursos que o Ministério da Justiça vem destinando ao setor.

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