quinta-feira, 10 de setembro de 2009

DO BLOG DO NASSIF:PETROBRÁS ACUSA FOLHA

10/09/2009 - 19:05
Petrobras acusa a Folha de mentira
Por m.m.

Nassif, não sei qual foi o editorial da FSP, mas deve ter sido tão….
q o Fatos e Dados nem colocou o link - olha só a resposta:
Petrobras e as regras do pré-sal: carta à Folha

Senhor editor,

Foi com espanto que lemos matéria de autoria dos repórteres Valdo Cruz e Humberto Medina, publicada na Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (10/9). São ilações e deduções criando um falso cenário de intrigas. É lamentável que a Petrobras não tenha sido procurada antes da publicação.

Não há porque discutir ponto por ponto porque são apenas ilações e não há uma única verdade na matéria em relação ao que pensa e defende a Petrobras, posições definidas em instâncias claras da companhia: diretores e presidente e seu conselho de administração.

Mais uma vez, lamentamos que a Petrobras não tenha sido procurada antes para poder dar sua opinião sobre o assunto.
Mirian Guaraciaba
Assessora do Presidente da Petrobras
http://www.blogspetrobras.com.br/fatosedados/?p=7927

Da Folha

Petrobras quer mudar regras do pré-sal

Empresa diverge do poder atribuído à nova estatal Petro-Sal e do cálculo de lucros a serem transferidos para a União

Companhia defende direito de repassar operações em alguns campos; sugestões se alinham à opinião de empresas privadas do setor

Rafael Andrade - 20.ago.09/Folha Imagem

O ministro Edison Lobão e o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, no Rio no mês passado

VALDO CRUZ
HUMBERTO MEDINADA
SUCURSAL DE BRASÍLIA

Grande vitoriosa na elaboração do marco regulatório do pré-sal, a Petrobras gostaria de mudar pelo menos três pontos nas novas regras que, nas palavras de seus dirigentes, “incomodam” a empresa.

Dois deles coincidem com queixas das empresas privadas do setor: o poder de veto da futura Petro-Sal nas decisões sobre a administração dos campos do pré-sal e a proibição de descontar o pagamento de royalties no cálculo dos custos que definem o lucro a ser transferido para a União.

O terceiro contempla em parte outra reivindicação das petrolíferas estrangeiras: a escolha da Petrobras como operadora única do pré-sal. A estatal propôs e defende a regra, mas gostaria do direito de repassar a outra empresa alguns campos caso considere mais adequado economicamente.

Essa possibilidade é admitida atualmente nos contratos de concessão, mas pelo projeto enviado ao Congresso a Petrobras seria, obrigatoriamente, a operadora única no sistema de partilha de produção.

Alguns desses pontos foram discutidos pela estatal com petrolíferas privadas em encontro realizado na semana passada, quando a cúpula da Petrobras procurou indicar ao setor que deseja trabalhar em parceria na exploração do pré-sal.

Aliada importante

As empresas privadas nacionais e estrangeiras do setor avaliam, por sinal, que terão a Petrobras como aliada importante em alguns pontos da nova Lei do Petróleo no Congresso.

A estatal, por enquanto, não manifestou desejo de patrocinar a apresentação de emendas aos projetos do governo, mas a expectativa do setor privado é que ela não se oponha e mesmo apoie algumas propostas de mudança que estão sendo articuladas pelas petrolíferas.

Representantes dessas empresas negociam com deputados da oposição a apresentação de emendas principalmente ao projeto de lei que define o novo marco regulatório do setor.

Eles já deixaram claro, durante depoimento no Senado, que consideram praticamente impossível derrubar a proposta de partilha de produção, mas citaram os artigos que gostariam de alterar no projeto do governo Lula.

No caso da escolha da Petrobras como operadora única do pré-sal, as petrolíferas vão propor que essa regra seja suprimida ou no mínimo flexibilizada.

Por exemplo, definindo que a estatal seja a operadora de pelo menos 70% dos campos do pré-sal, abrindo a possibilidade para que outras empresas fiquem com a operação dos 30% restantes.

Muito poder

Elas querem derrubar também pelo menos parte do poder concedido à nova estatal do setor, a Petro-Sal.A crítica é que a empresa não participará dos investimentos e, mesmo assim, terá 50% dos comitês operacionais dos campos, tendo o poder de veto sobre decisões de investimentos e administração das áreas.

Nesse tópico, as petrolíferas privadas e a Petrobras vão enfrentar a resistência do governo Lula. A regra foi criada dentro do conceito de transformar a Petro-Sal na “olheira” da União nos negócios do pré-sal, concedendo uma “liberdade vigiada” à Petrobras.

O governo deve acionar também sua base aliada para manter intacta a regra que não leva em conta o pagamento de royalties no cálculo dos custos de investimento e operação dos campos. Motivo: ela aumenta a parcela destinada à União.

No sistema de partilha de produção, as empresas à frente do consórcio que explora determinado campo são ressarcidas pelos custos de investimento antes que se defina o percentual de petróleo que será dividido com a União. Sem o pagamento dos royalties nos cálculos, a parcela da União aumenta. Com a sua inclusão, o lucro das empresas sobe.

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