terça-feira, 11 de agosto de 2009

UM POUCO DA HISTÓRIA DOS BAIRROS DO RIO

Este blog prossegue com a publicação, por ordem alfabética, do resumo da história dos 159 bairros existentes na cidade do Rio de Janeiro, segundo levantamento realizado pelo Instituto Pereira Passos, vinculado à Prefeitura do Rio e à Secretaria Municipal de Urbanismo. Desta vez são os bairros de Guaratiba, Higienópolis e Honório Gurgel.

Guaratiba

Em indígena, significa “abundância de guarás”, aves aquáticas pernaltas. A Freguesia de Guaratiba foi criada em 1755, com terras desmembradas da Freguesia de Irajá, por iniciativa de Dom José de Barros Alarcão.

Em Guaratiba, existiam importantes engenhos, como o Engenho Novo, o Engenho de Fora, o do Morgado, o da Ilha, o da Bica e o da Pedra. Duas de suas maiores capelas eram a de Santo Antônio (Engenho da Bica) e a de São Salvador do Mundo, de 1773, doada pelo Capitão Francisco Pais Ferreira, proprietário do Engenho de Fora.

Numa disputa entre Francisco Macedo Vasconcelos, do Engenho do Morgado, e Ana Sá Freire, do Engenho da Ilha, foi aberto um caminho pelo Engenho Novo que se converteu em Estrada Geral, surgindo nela novos engenhos. No bairro há um largo, uma estrada e um morro com a denominação Ilha. Uma das versões é de que “ilha”, seria uma corruptela de William, nome de um oficial inglês da frota de Dom João VI em 1808, que se instalou no local.

Após o ciclo do açúcar e aguardentes em seus engenhos, surgiu a cultura do café, e a fazenda do Engenho Novo, de Pedro Dauvereau, foi a primeira fazenda carioca a usar maquinaria moderna importada. No Governo Washington Luís, o prefeito Antonio Prado Junior levou a Guaratiba, sua primeira estrada moderna, a da Grota Funda, com sinuosas curvas, que dava acesso à baixada de Jacarepaguá. Na década de 1970, foi construída a estrada Rio-Santos, atual Avenida das Américas, cruzando a extensa baixada. Existiu uma linha de bondes ligando Campo Grande ao largo da Ilha.

Grande parte de Guaratiba é ocupada por manguezais que chegam até a orla da Baía de Sepetiba e formam importante ecossistema, com viveiro de peixes e crustáceos. No Bairro foi implantado o atual Centro Tecnológico do Exército. Em sua baixada, atravessada pelos rios Piraquê e Cabuçu, destacando-se os jardins Maravilha, Garrido, Guaratiba, Cinco Marias e Piaí, todos da década de 1950/1960.

Nota: A denominação, delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985.

Higienópolis

Originalmente, a área era ocupada por uma fazenda com lavouras. Foi, mais tarde, convertida pela família Darke de Matos, proprietária do café Globo, no bairro “Cidade Jardim Higienópolis”. O projeto é de 1934, durante a gestão do prefeito Pedro Ernesto.

O bairro era dividido em dois setores, pelo rio Faria-Timbó e pela Faixa da Light onde, atualmente, é a “Linha Amarela”. É limitado pelas avenidas Suburbana (Dom Helder Câmara), dos Democráticos, Itaóca e pela estrada Velha da Pavuna (Ademar Bebiano).

Nota: A denominação; delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985 e pela Lei Complementar Nº 17 de 29 de julho de 1992 que cria a R.A. do Jacarezinho.

Honório Gurgel

Região próxima ao Engenho Boa Esperança que, com a inauguração da Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil (depois linha auxiliar), em 1892, passou a abrigar a Estação de Munguengue, inaugurada em 1 de novembro de 1895, de onde saía um ramal de 3,02 Km para Sapopemba (atual Deodoro). A estação teve a denominação alterada para Honório Gurgel em homenagem ao Tenente Honório Gurgel do Amaral, vereador, cujo pai possuía fazenda em Irajá.

Em Honório Gurgel existiam engenhos, olarias e carvoarias, com caminhos dando acesso a Madureira, o principal deles a estrada Tavares Guerra (atual rua Conselheiro Galvão). Posteriormente, foi implantada a faixa da linha de transmissão elétrica da LIGHT, hoje ocupada por lavouras.

O Bairro é predominante residencial e tem como um dos seus limites o rio Sapopemba.

Nota: A denominação, delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985.

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